Na última quinta-feira, 19 de outubro, a usina de Itaipu informou que entregou para o setor elétrico mais de 75 milhões de megawatts-hora (MWh) neste ano, valor previsto em contrato anual. Desde 1998, ou seja, há 19 anos, a energia entregue pela maior hidrelétrica em geração de energia renovável do mundo, sempre foi superior à vinculada, em todos os anos. Em média, a quantidade entregue passa de 20%, o que equivale a 15,3 milhões de MWh a mais do que o contratual.
A capacidade instalada da usina é de 14.000 MW, a segunda maior do mundo. Mas Itaipu é a única hidrelétrica do planeta a superar a produção anual de 100 milhões de megawatts-hora (MWh), com o recorde de 103.098.355 MWh, em 2016. A melhor marca mundial, antes dessa, foi da usina chinesa de Três Gargantas, cuja capacidade instalada, de 22.400 MW, é 60% maior que a de Itaipu. Em 2014, seu recorde foi de 98,8 milhões de MWh.
A produção do complexo em 2016 atendeu 76% da energia elétrica consumida no Paraguai e 16,8% de todo o consumo de eletricidade do Brasil. Se a energia produzida pudesse ser armazenada e direcionada a apenas um dos dois países, seria suficiente para atender o Brasil por dois meses e 18 dias e o Paraguai por sete anos e três meses. Os 20 países da América Latina teriam com a produção de Itaipu de 2016, eletricidade suficiente para um período de 35 dias.
Com a recorrente adaptação ao mundo da tecnologia digital, a modernização dos equipamentos, como a troca de sistemas analógicos por digitais, será feita em torno dos dez anos. O investimento previsto durante este período é de U$ 500 milhões.
Segundo o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Leone Vianna, “o objetivo final é garantir que os equipamentos da usina mantenham sua confiabilidade e seja assegurado o alto desempenho da hidrelétrica também nas próximas décadas”. E conclui: “Quanto mais energia produzida por Itaipu, menos o Brasil precisa recorrer ao uso de termoelétricas”.