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Como no racionamento em 2001, em que o consumidor foi forçado a reduzir o seu consumo sob pena de multa, o uso de alguma obrigatoriedade é visto como a única maneira para fazer com que os projetos de eficiência energética se massifiquem e deslanchem no país. De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia, Alexandre Moana, ainda que a medida possa parecer diferenciada, ele não vê outro caminho. “O fator climático de responsabilidade intrínseca ao usuário é um impulsionador, mas sem obrigatoriedade, pode esquecer”, afirma Moana, que participou de painel no Fórum Nacional de Eficiência Energética, na última quarta-feira, 18 de outubro, em São Paulo (SP), durante o Energy Expo Forum.
O presidente da associação diz que chegou à conclusão após duas décadas de atuação na área. Ele conta que não viu acontecer ações sem que houvesse algum tipo de obrigação. Muitas vezes há o dinheiro para os projetos que não são usados, pela baixa procura e má qualidade dos projetos. Durante o painel, Moana alertou que a Geração Distribuída deve ser precedida pela eficiência energética, sob pena de haver desperdício. Segundo ele, é como quando se gasta para fazer um sistema de captação de água e há um furo na caixa d’água. “Você está sendo ruim com o meio ambiente e com a competitividade nacional se você inserir uma GD sem ter eficiência energética que a preceda”, avisa.
Entre as classes de consumidores, há uma média de 9% de possibilidade de eficientização, segundo Moana. Ele vê o Brasil como um mercado forte para EE, por conta de aspectos como o fator climático e da retomada de investimentos em infraestrutura. “Esse recomeço tem que ser eficiente. O Brasil tem que se tornar eficiente no geral”, alerta.