A privatização da Eletrobras deve trazer a figura dos investidores financeiros como fortes participantes do processo de venda das ações da estatal, anunciado em agosto pelo governo. De acordo com Wilson Ferreira Junior, presidente da companhia, o tipo de venda que está se desenhando, com limitação de participação e sem um dono de companhia, pode fazer que os players estratégicos se inibam. “A lógica de investidor estratégico é de controlar a empresa, ser o dono da companhia, colocar a sua filosofia de trabalho e os sistemas dele”, observa.
O presidente não afastou a participação das empresas do setor no processo de privatização, uma vez que elas não estarão proibidas de participarem do processo. A compra de ações a um teto de 10%, o que caracteriza a pulverização dos papéis. Segundo ele, na portuguesa EDP, o limite é de 3%. Em algumas empresas brasileira, o limite chega a 15%. Em aumento de capital ou follow on – operação como a da Eletrobras – quem compra as ações são os fundos, já que está se estabelecendo uma corporação com o investidor financeiro, que podem ser fundos de investimentos, fundos de países emergentes, de energia ou infraestrutura.