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Com uma meta de faturamento de R$ 70 milhões para 2018, a Engie Solar quer manter o foco nos negócios olhando para todas as classes de consumidores, sem direcionamento para uma faixa em especial. De acordo com Rodolfo Pinto, CEO da empresa, a falta de preferência vem do crescimento que todas as classes vêm apresentando. “A nossa percepção é que todo mundo está crescendo. A gente não espera uma tendência específica, espera que vá haver um crescimento orgânico dos principais clientes”, afirma. A meta desse ano, de R$ 40 milhões, deve ser alcançada pela empresa.

A boa perspectiva de aumento no número de conexões de geração distribuída no Brasil traz também para o executivo o alerta para a qualificação da mão de obra, formada pelos instaladores. Segundo ele, esse tema ainda é um grande desafio que vem merecendo a atenção tanto da Associação Brasileira de Geração Distribuída quanto da Associação Brasileira de Energia Solar e Fotovoltaica. O executivo lembra que há o risco de um grande número de instalações de má qualidade em decorrência de falhas na instalação. Segundo Pinto, isso aconteceu em outros países, atrasando o desenvolvimento do setor. “Isso pode criar um problema muito sério de credibilidade da tecnologia quando o problema é o serviço prestado. Aconteceu nos EUA e na Austrália”, avisa.

A Engie Solar possui uma parceria de treinamento com a Universidade Federal de Santa Catarina, com o laboratório do professor Ricardo Ritter. Lá os profissionais da Engie Solar são treinados e capacitados. Uma das alternativas aventadas pelo setor é que seja criada uma espécie de certificação. A empresa vem na esteira de um novo direcionamento do grupo Engie, de origem franco-belga, baseado na descarbonização, descentralização e digitalização. No Brasil, o grupo é o maior gerador privado de energia, sendo um dos donos da UHE Jirau e tendo anunciado a venda da UTE Pampa Sul, movida a carvão. O Brasil é visto como um dos países com mais potencial em GD para o grupo, segundo Pinto.

O CEO da Engie Solar se mostra animado com a diversidade dos negócios que vem aparecendo para a GD. Iniciativas como a da MRV, que vai colocar sistemas fotovoltaicos nos seus lançamentos e da Celesc (SC), que fez um programa em que vai instala mil telhados fotovoltaicos na sua área de concessão, são considerados incentivos para o futuro do setor. “À medida que modelos de negócios vão sendo criados, percebemos que vários nichos vão surgindo. A expectativa é que as coisas tenham uma dinâmica interessante e positiva no ano que vem”, avalia.

O financiamento, que vem se apresentando como um dos maiores entraves da GD no Brasil, dá sinais de melhora, na visão de Rodolfo Pinto. Segundo ele por estar atrelado a macroeconomia do país, com altas taxas de juros, ele não decolava. Com a melhora do ambiente econômico, o financiamento ficará mais fácil. “Já percebemos algumas instituições financeiras construindo produtos para GD”, comemora. Ele ainda vê dificuldades no financiamento, embora a velocidade seja lenta.