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Bastante aguardado pelos agentes do setor, o Centro de Pesquisas em Energia Elétrica lançou no último mês de setembro a primeira parte da atualização do Novo Atlas Eólico Brasileiro. As simulações 2013 estão disponíveis na internet e reúnem informações como direção e velocidade média dos ventos, rugosidade, regime diurno e rosa dos ventos de cada região do País. A atualização do Atlas foi elaborada por uma equipe de pesquisadores do Departamento de Materiais, Eficiência Energética e Geração Complementar do Cepel. Para desenvolvê-lo, o Cepel fez uma parceria com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, que pertence ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. A consulta aos dados de 2013 está disponível no site do atlas.

De acordo com Ricardo Dutra, pesquisador do Cepel e gerente do projeto do atlas, apesar das simulações consolidadas abordarem apenas o ano de 2013, os dados mostram que a partir da comparação da distribuição espacial da velocidade do vento nas alturas de 50 e de 100 metros, houve um expressivo aumento nas regiões Sul e Nordeste, aonde a fonte vem se estabelecendo no país. Já a partir da avaliação da distribuição na altura de 150 metros, parte da Região Centro-Oeste passa a mostrar ventos favoráveis. Outra novidade é que também foi detectado um significativo potencial offshore que até o momento está quase inexplorado. O Atlas fornece informações sobre os ventos em diversas alturas, a até 80 km da costa.

Nessa etapa do Atlas, foi possível estimar a distribuição espacial da velocidade do vento para várias alturas em todo o território nacional, através do uso do modelo de mesoescala Brams (Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling System). Segundo o pesquisador Ary Vaz Pinto Junior, chefe do DME/Cepel, ela possibilita a consolidação de várias adaptações de um outro modelo para as condições climáticas brasileiras. A estimativa da distribuição da velocidade e da direção do vento em todo o país foi feita para as alturas de 30, 50, 80, 100, 120, 150 e 200 metros. Ainda segundo ele, o destaque do Atlas – que tem todo o seu acesso gratuito – está na disponibilização dos dados para consulta online e também no modo offline. Também é possível gerar arquivos do tipo .kmz e .csv.

O Atlas anterior, lançado em 2001, adotava a velocidade do vento a 50 metros de altura, que era compatível com a tecnologia dos aerogeradores da época. Com o passar dos anos, a tecnologia dos equipamentos evoluiu junto com as alturas das torres, surgindo a necessidade de atualização. Novas simulações com o modelo Brams, relativas aos anos de 2012, 2014 e 2015, serão realizadas, para se obter o ano típico, a partir do quadriênio 2012-2015.