A fabricante de equipamentos eletroeletrônicos Weg registrou um lucro líquido de R$ 312 milhões no terceiro trimestre do ano, 21,4% maior do que na comparação com o mesmo período do ano passado e 14,6% maior do que no semestre imediatamente anterior. De acordo com os resultados financeiros divulgados nesta quarta-feira, 25 de outubro, a margem líquida da empresa entre julho e setembro foi de 12,8%, 1,3 ponto percentual maior do que nos mesmos três meses de 2016. O EBITDA atingiu R$ 388,4 milhões e a margem EBITDA atingiu 16,0%, enquanto a Receita Operacional Líquida atingiu R$ 2,435 bilhões.

No corte por área de negócio, o segmento de geração, transmissão e distribuição – segundo em importância na estrutura do grupo – alcançou participação de 26,1% nos negócios do terceiro trimestre do ano, fatia menor se comparada aos 29,6% de presença em igual período do ano anterior. Segundo a empresa, a postergação para 2018 das entregas em um dos projetos de geração eólica afetou negativamente a receita do trimestre neste setor de GTD, contribuindo ao mesmo tempo para alongar a carteira do ano que vem. Projetos eólicos são o carro-chefe dos pedidos feitos à Weg dentro do negócio de GTD.

“Para as outras fontes renováveis, notadamente hidráulica e térmica, a melhora na entrada de pedidos continua, principalmente atrelada a geração térmica (biomassa) e centrais geradoras hidrelétricas (CGH). Existe a expectativa de continuidade desta tendência no último trimestre. Contudo, isto não deve alterar a dinâmica do ano, com poucos investimentos nesse setor”, explica a nota. A realização, em dezembro, dos Leilões A-6 e A-4 – este último no qual a empresa deposita forte expectativa de contratação eólica e solar fotovoltaica – “traz perspectivas positivas para a área de GTD no médio e longo prazo”, diz a Weg.

A empresa avalia ainda que, nas atividades de transmissão e distribuição, não há no momento capacidade excedente no sistema brasileiro, dado que os leilões realizados em outubro de 2016 e abril de 2017 abriram a participação para novos players e geraram reflexo na carteira de pedidos. “O resultado deste ano está atrelado, principalmente, à venda de transformadores para as distribuidoras e à venda de transformadores e subestações para o mercado industrial”, diz a fabricante, que visa manter o plano de expansão no mercado externo a partir das unidades do México, Colômbia, África do Sul e Estados Unidos.

O investimento do grupo entre janeiro e setembro de 2017 somava R$ 190,8 milhões, tanto na expansão e quanto na modernização de capacidade produtiva, máquinas e equipamentos, além de licenças de uso de softwares. Do total, 58% foram destinados aos parques industriais e demais instalações no exterior, enquanto 42% ficaram com as unidades produtivas no Brasil. A dívida financeira bruta da companhia, até setembro deste ano, totalizava um montante de R$ 4,472 bilhões, sendo 39% atrelado a operações de curto prazo e 61% a operações de longo prazo. O caixa líquido, por sua vez, totalizava R$ 436,4 milhões.