O mercado faturado da Light apresentou queda de 4,4% no terceiro trimestre de 2017 frente ao mesmo período do ano passado, totalizando uma demanda de 5.683 GWh. Os números constam da prévia operacional divulgada nesta quinta-feira, 26 outubro, pela concessionária. A redução no mercado cativo da distribuidora carioca foi ainda maior, de 9,5%, motivada principalmente pela migração de consumidores comerciais para o mercado livre – da ordem de 178 GWh – e pela retração do ritmo da atividade econômica na indústria e no comércio do estado do Rio de Janeiro.

A classe residencial registrou uma queda de 0,6% no consumo frente ao trimestre julho-setembro de 2016. O percentual reduzido se deve ao faturamento de energia recuperada, resultado da estratégia no combate às perdas. A recuperação, em todas as classes, foi de 232 GWh em 2017 ante 185 GWh em 2016, sendo 216 GWh na residência e 14 GWh no comércio. Sem esse montante recuperado, a queda no consumo residencial seria de 3,6%, e no total de 5,4%. As quedas nos segmentos industrial e residencial foram mais acentuadas, de 5,3% e 4,8% respectivamente.

O índice de arrecadação em 12 meses, findo em setembro, atingiu 94,1%, contra 93,9% para o período encerrado em junho. Verificou-se uma melhora na arrecadação do segmento do poder público, com alta de 1,2 p.p. em comparação a junho – reflexo do maior rigor da companhia nas ações de cobranças e negociações de débitos. Entre eles está o acordo firmado com a Subsecretaria de Finanças do Estado do Rio de Janeiro, que possibilitou a compensação em 18 meses dos débitos referentes ao período de maio de 2016 a maio de 2017, no montante de R$ 110,2 milhões.

A melhora operacional também se verificou nos índices de qualidade. O DEC em 12 meses, até setembro, foi de 10,29 horas, representando uma melhora de 6,2% em relação a junho deste ano e ficando abaixo do limite regulatório de 11,39 horas. Já o FEC foi de 5,54 vezes, 9% abaixo do resultado apresentado em junho e dentro do limite 5,99 vezes estipulado pelo regulador. Na área de geração, o volume de venda de energia no ambiente livre aumentou 6,7%, dada à política de sazonalização dos contratos existentes, com uma maior concentração nas vendas a partir de maio.