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As previsões para o início do período úmido não são nada animadoras. A perspectiva é de que o país atravesse o segundo pior início de período úmido de sua história. Perdendo apenas para o ano de 1934. A estimativa apresentada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico no segundo dia da reunião do Programa Mensal de Operação é de que a Energia Natural Afluente do trimestre outubro-novembro-dezembro fique em pouco mais de 25 mil MW médios. Um fator fundamental para essa avaliação são as afluências verificadas em outubro, o que traz perspectivas de ENA abaixo da média histórica.

Contudo, esse resultado pode ser pior. Isso porque naquele período os volumes do Sul não faziam parte da estatística. Segundo o Operador, se fossem consideradas as vazões é possível que em 2017 teríamos o volume mais baixo de ENA nos 87 anos de histórico.

De acordo com o ONS, o regime de chuvas de outubro prejudicou a afluência de novembro que está abaixo do esperado. A previsão para o mês que se inicia na próxima semana e marca oficialmente o início do período úmido no Brasil é de ENA abaixo da média histórica em todo o país, à exceção do Sul. No submercado mais importante em termos de armazenamento e consumo de energia, o Sudeste/Centro-Oeste, a previsão é de vazões equivalentes a 72% da média de longo termo. No Nordeste a crise se acentua com apenas 22% da MLT, após os piores setembro e outubro dos últimos 87 anos. Na região Norte a tendência não é tão mais positiva com 40% da MLT, sendo que na bacia do Tocantins a previsão é de 35% da média. No Sul está previsto vazão de 112% da MLT.

Ao mesmo tempo, a projeção de carga para o país é de um crescimento de 3% quando comparado ao resultado do mês de novembro do ano passado. O grande impulsionador desse crescimento deverá vir do SE/CO cuja previsão é de elevação do consumo em 4,2%. No sul há uma expectativa inicial de que a demanda apresente elevação de 3,4%. Enquanto isso, no NE espera-se aumento de 0,2% e no Norte uma queda de 0,1%.

A previsão do ONS para o fechamento do ano é de que a carga alcance um crescimento de 1,6% com 65.651 MW médios, direcionado, especialmente, pelo SE/CO.

Quanto ao nível de reservatórios é esperada a continuidade do deplecionamento. A situação mais crítica é no NE com a previsão de encerrar o ano com apenas 3,6% da sua capacidade total. No SE/CO é esperado o encerramento de novembro com 14,8% e o Norte com 15,5%. No Sul, decorrente das afluências projetadas, a perspectiva é de elevação, para 48,7%.

O CMO Médio da semana operativa que se inicia neste sábado, 28 de outubro, ficou em R$ 823,16/MWh, resultado da equalização dos valores em todos os submercados. Os patamares de carga pesada e média estão em R$ 831,90/MWh e o leve a R$ 811,79/MWh.

O despacho térmico programado para a semana é de 15.665 MW médios. Desse volume a maior parte, 11.128 MW médios dentro da ordem de mérito e 4.537 MW médios por inflexibilidade. O maior montante está no SE/CO com um total de 7.748 MW médios. No NE está o segundo maior montante com 3.606 MW médios. Todo o parque térmico do Sul está sendo acionado. Há apenas 10 usinas que ainda não são alcançadas pelo CMO. As próximas estão no Norte com o CVU de R$ 833,R$ 872 e R$ 898/MWh. Depois vem uma usina com custo de R$ 905, R$ 937, R$ 943, duas a R$ 961 e as mais caras com valores em cerca de R$ 1.050/MWh, movidas a diesel.

Com isso continua a importação de energia do Uruguai em todos os patamares de carga ao volume de 500 MW médios na pesada e 550 MW médios nos dois outros.