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O processo de transferência de 40% das ações da ESBR, concessionária da UHE Jirau (RO, 3.750 MW), da Engie para a Engie Brasil Energia, deverá ter seu processo de análise iniciado somente em 2018. Essa é  a previsão da formação do comitê interno da geradora que avaliará as condições que serão delineadas pelo Itaú BBA. O banco foi contratado para a prestação de serviços de assessoria financeira na preparação de estudo econômico-financeiro para elaboração de proposta de transferência.

Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Carlos Freitas, esse processo está levando mais tempo do que era esperado. “Não acho que deva se iniciar ainda este ano, a indicação é de que o comitê que analisará a proposta será constituído apenas no primeiro trimestre de 2018, ainda há pendências entre a Engie e a Camargo Corrêa que está atrasando o processo”, comentou ele em teleconferência de resultados da empresa no terceiro trimestre de 2017.

Enquanto o momento de absorver essa parcela da ESBR – medida prevista ainda no inicio da construção da obra, quando a empresa chamava-se Tractebel e sua controladora GDF-Suez – a geradora diz estar se preparando para levantar os recursos necessários ao pagamento da outorga das UHEs Jaguara e Miranda, arrematadas com um bônus de R$ 3,5 bilhões. Segundo o executivo, esse valor será obtido via dívida.

Outra tranche de atuação deverá ser no leilão de energia nova A-4 e A-6 agendados para a segunda quinzena de dezembro. A empresa afirma que pretende disputar o certame tanto com projetos eólicos quanto solares. Mas não deu mais detalhes sobre o assunto.

Inclusive, dentre as alternativas que podem ser de atração a Engie está a de descotização da Eletrobras. Segundo Freitas, dependendo de como estiver estruturado o certame a geradora pode entrar na disputa pelas usinas que hoje estão cotizadas e sob o comando da estatal. Ele toma como base a atuação da empresa no último leilão de geração da Aneel, que negociou quatro UHEs que estavam sob concessão da Cemig, pois 70% da energia incorporada ao portfólio da geradora está no ACR e sem risco hidrológico.