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O maior custo que a Cteep terá com a questão do problema do eletrodo de terra em Porto Velho e que representa uma restrição no IE Madeira é o recebimento da receita limitada a 90% do total da RAP naquela estação conversora do bipolo. O valor é estimado em cerca de R$ 24 milhões anuais. A previsão é de que a situação permanecerá até o final do ano que vem. Com isso, há outros impactos como a manutenção da fiança junto à dívida do BNDES que é de R$ 950 mil por mês e 1,7% ao ano.
De acordo com o diretor presidente da companhia, Reynaldo Passanezi, a transmissora trabalha com plano A e B para essa questão. Ainda será necessário um novo teste no equipamento atual para determinar se precisará ser feita a mudança de local e a empresa busca uma solução tecnológica E a alternativa que está também em andamento é a busca pelo novo local desse componente. O investimento em um novo eletrodo de terra, disse ele, não é tão significativo, menor que a perda de receita.
A empresa defendeu-se de que tenha cometido erro no projeto. Segundo o diretor técnico, Carlos Ribeiro, o consórcio utilizou os melhores especialistas do país e atendeu a todos os requerimentos especificados no edital do leilão do projeto. “Esse era o mesmo método aplicado à linha de corrente contínua de Itaipu. Mas no no momento de testes foi identificada uma formação de rochas de granito que limita o funcionamento do eletrodo em si, mas que não representa impacto na capacidade de transmissão das linhas”, explicou o executivo durante reunião da empresa com investidores e analistas de mercado promovida pela Apimec-SP nesta terça-feira, 31 de outubro.
Por ser limitadora e não impeditiva, ressaltou Passanezi, é que a empresa tem receita de 90% da RAP. E acrescentou que a linha possui capacidade de escoamento da energia do Madeira para o Sudeste que é de 4.700 MW. Inclusive, mesmo com a limitação é possível, em alguns momentos, atender ao sistema. Outro ponto é que em Araraquara (SP), onde a linha termina, ainda são necessários outros investimentos em lotes diferentes que não pertencem ao IE Madeira para o escoamento da energia que vem do Madeira.
Ribeiro acrescentou ainda que a Cteep fará uma proposta à Aneel para que aprimore o edital do leilão que em sua avaliação tem requisitos técnicos muito simples. A proposta é a de que esse tema seja melhor explorado.