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A Cteep diz que está preparada para aproveitar o cenário atual do setor elétrico brasileiro com novas oportunidades em leilões de energia e de consolidação do mercado. O diretor presidente da companhia, Reynaldo Passanezi, afirmou que o mercado nacional de transmissão é um dos maiores do mundo, com cerca de R$ 35 bilhões em receitas globais e que há perspectivas de ativos à venda. Ele citou além dos leilões futuros que devem alcançar investimentos de R$ 40 bilhões, oportunidades como o da recém-adquirida IENNE, da Isolux, Abengoa e Eletrobras.
Esse otimismo vem na esteira da expectativa de que há muitos desinvestimentos para vir. Inclusive, os relacionados à Eletrobras podem ser alvo de investidas da transmissora, mas que nesse caso deverá ser definida por meio de uma lei para que os ativos possam ser negociados. Caso realmente seja dada essa definição por via legal, essa medida pode beneficiar a Cteep e os volumes financeiros que a companhia tem a receber de indenização e que são questionados na Justiça.
“A questão da RBSE é fundamental para a questão da privatização da Eletrobras, precisa de uma lei para regular o processo de privatização e definir a questão da indenização face a insegurança jurídica que existe sobre o tema”, comentou o executivo após a reunião com investidores e analistas de mercado promovida pela Apimec-SP. Em sua avaliação, se essa solução for dada via uma lei, essa alcançará todas as transmissoras envolvidas na renovação dos contratos de concessão de ativos anteriores a 30 de maio de 2000.
Passanezi destaco que a Cteep tem interesse nos ativos da Eletrobras sim, inclusive naqueles em que as duas empresas têm participação em SPEs. Essa operação, comentou ele, faz sentido para a companhia. Atualmente, a Cteep está com um nível de alavancagem de 2,2 vezes a relação entre o resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e a dívida líquida.
“A partir do processo formalizado com valuations dos bancos realizado temos todo o interesse em olhar”, disse ele. E as demais oportunidades de consolidação estão relacionadas como o ocorrido com a aquisição da IENNE, e em suas palavras, podem ser vistas com Isolux, por exemplo, ativos operacionais da Abengoa, com um pouco menos interesse.
Quanto aos leilões, Passanezi afirmou que na última reunião do conselho de administração foi dada a autorização para analisar a participação de forma individual ou em consórcio. Mesmo com a relação entre a RAP e o Capex inferior ao do último certame e Wacc de 8,5%, essa é a máxima prioridade da companhia no atual momento. “Nossa situação nos coloca em posição de saber aproveitar as oportunidades e ter agilidade pois esse momento passará”, afirmou.