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O presidente da EDP do Brasil, Miguel Setas, disse nesta quarta-feira, 1º de novembro, que mantém a expectativa de iniciar a operação comercial de pelo menos uma máquina da hidrelétrica de São Manoel (700 MW). A expectativa anterior era que a usina, que está com 97% das obras concluídas, começasse a operar em outubro.
Indígenas das etnias Munduruku, Apiaká e Kayabi tentaram ocupar o canteiro de obras do empreendimento no mês passado, obrigando o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviar soldados da Força Nacional de Segurança (FNS) para garantir a continuidade dos trabalhos. Em outra frente, o Ministério Público Federal em Mato Grosso tenta invalidar a licença de operação concedida pelo Ibama, por entender que os ritos do processo de licenciamento não foram compridos na íntegra.
“Não obstante as dificuldades que tivemos… a obra está 97% concluída e o reservatório com enchimento de 150 metros de altura. Chegamos a um ponto que podemos começar os testes. A primeira máquina está em fase de pré-comissionamento. Portanto, mantemos aquela expectativa que tínhamos transmitido. Esperamos uma antecipação face ao calendário regulatório de maio de 2018”, disse o executivo durante teleconferência com analistas de mercado.
“Esperamos até o final do ano concluir o comissionamento e a entrada em operação de pelo menos uma máquina, o que reforça o nosso posicionamento na área de geração, de entregar obras no prazo e dentro do orçamento. São Manoel é mais um caso de sucesso para EDP e para os seus parceiros”, completou Setas. As obras da hidrelétrica começaram em agosto de 2014.
A usina fica no rio Teles Pires entre os estados do Pará e Mato Grosso e com quatro UGs tipo Kaplan de 175 MW cada. A hidrelétrica tem energia firme de 413,93 MW médios e construída pela Sociedade de Propósito Específico São Manoel, formada pela EDP do Brasil, Furnas e China Three Gorges, todas com 33,33% de participação. O contrato de concessão vai até agosto de 2049.
Transmissão
Setas disse também que tudo caminha para antecipar em mais de dez meses a entrada em operação daquele que será o primeiro projeto da EDP no Brasil no segmento de transmissão. A empresa arrematou o lote 24 na segunda etapa do leilão de transmissão Nº 13/2015, realizado em 28 de outubro de 2016.
O projeto é composto pela subestação São Mateus 230/138 kV e a linha de transmissão em 230 kV Linhares 2-São Mateus 2, com 113 km de extensão, no estado do Espírito Santo. Reguladoramente, o projeto tem obrigação de iniciar a operação em janeiro de 2020.
“Nossa expectativa é de ter uma antecipação de dez meses… mas aparentemente essa antecipação pode ser ainda maior… há sinais de que é possível antecipar mais do que o inicialmente previsto… isso nos dá conforto para o que vem pela frente”, disse o executivo.
A EDP controla duas distribuidoras de eletricidade, uma que atua no interior e litoral de São Paulo e outra no estado do Espírito Santo. Possuí cerca de 2,7 GW de capacidade instalada em geração de energia. Desde o ano passado começou a investir no setor de transmissão, sagrando-se vencedora nos últimos certames promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A empresa assumiu o compromisso de construir 1.300 km de linhas espalhadas pelos estados do Espírito Santo, Maranhão, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.