A distribuidora Coelba apresentou prejuízo de R$ 17,5 milhões no terceiro trimestre do ano. No mesmo período de 2016 reportou ganhos de R$ 21,7 milhões. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 212,2 milhões, aumento de 1,61%. Já no acumulado do ano apurou um lucro líquido de R$ 124,6 milhões, queda de 29,74% sobre o ano anterior. O resultado ebitda nessa base é de R$ 794 milhões, uma queda de 2,8% ante o fechamento do mês de setembro.
A energia total distribuída (cativo + livre) totalizou 4.675 GWh, uma retração de 1,2 % com relação ao mesmo período do ano passado. A empresa explica que esse movimento deve-se à conjuntura econômica desfavorável, juntamente com condições climáticas pelo aumento no volume de chuvas e redução na temperatura média do estado. Além disso o mercado cativo apresentou queda de 8,5% na demanda enquanto o livre cresceu 51,4%. A classe residencial, que representa 40,8% da demanda da Coelba, apresentou recuo de 2,2%. A industrial recuou 33,5% no trimestre, influenciada pelo expressivo aumento da migração de consumidores para o mercado livre e retração da produção industrial da Bahia, que acumula queda de 3,9% até agosto de 2017. A classe comercial apresentou redução de 6,1% no terceiro trimestre de 2017, frente a igual período de 2016.
A energia contratada para atender ao mercado no terceiro trimestre de 2017, totalizou 5.197 GWh, o que representa um decréscimo de 6,5% em relação ao mesmo trimestre de 2016. Esta queda, explicou a empresa, foi decorrente do encerramento de contratos de leilões dos quais a empresa participou em anos anteriores que chegaram ao final da vigência. Mesmo assim, até setembro a concessionária teve uma sobra contratual de 6,70%, o que representa 998 GWh, decorrente do crescimento de mercado abaixo do esperado.
As perdas da distribuidora bahiana ficaram em 14,46%, sendo 11,17% de perdas técnicas (no mesmo período e 2016 eram de 10,84%) e 3,29% não técnicas. Na comparação com o fechamento do terceiro trimestre do ano passado houve leve retração de 0,01 ponto porcentual. O limite regulatório estabelecido pela Aneel é de 12,42%.
Tanto o DEC quanto o FEC melhoraram. O primeiro caiu de 21,81 horas de 2016 para 20,99 horas. Ainda assim acima das 15,01 horas do limite regulatório. Já a frequência com que vem ocorrendo os desligamentos recuou para um patamar de 8,39 vezes nos últimos 12 meses, o limite é de 8,84 vezes.
Os investimentos acumulados até o final de setembro ficaram em R$ 1,45 bilhão. A divida líquida é de R$ 3,8 bilhões. A alavancagem da distribuidora é de 3,57 vezes a relação entre essa dívida e o resultado ebitda.