A Cosern, distribuidora que atua no estado do Rio Grande do Norte, obteve lucro líquido de R$ 29,4 milhões no terceiro trimestre do ano, queda de 31,3% quando comparado ao fechamento de setembro de 2016. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 72,9 milhões, queda de 11,6%. Já no acumulado do ano o resultado é positivo em R$ 123,5 milhões, aumento de 7,65% ante o resultado apresentado ao final do mesmo período de 2016. O resultado ebitda nessa base é de R$ 249,1 milhões, um aumento de 3,83%.
A energia total distribuída pela empresa, que soma o ACR e o ACL, totalizou 1.348 GWh, retração de 2,78% com relação ao mesmo período do ano passado. A demanda no mercado cativo apresentou queda de 5,97% enquanto o livre cresceu 14,41%. A classe residencial, que representa 44,46% da demanda no mercado regulado recuou 1,7%. Entre os fatores para esse desempenho está o aumento nas taxas de desemprego, somado ao arrefecimento da temperatura no estado.
O segmento industrial recuou 25,3%. A Cosern destacou que essa retração deve-se à crise econômica que passa o país. Nesse quesito, continuou, é necessário ratificar que grande parte da queda é referente à migração de clientes para o mercado livre. Além do movimento de migração, destaca-se o impacto da crise econômica nos principais setores industriais do estado, que são a extração de petróleo e gás natural e a fabricação de minerais não metálicos no trimestre, influenciada pelo expressivo aumento da migração de consumidores para o mercado livre e retração da produção industrial. A classe comercial apresentou redução de 7,1% no terceiro trimestre de 2017, frente a igual período de 2016, afetado pelos mesmos fatores do segmento produtivo.
A energia contratada para atender ao mercado da distribuidora potiguar no terceiro trimestre de 2017, totalizou 1.328 GWh, o que representa um decréscimo de 7% em relação ao mesmo trimestre de 2016. Esta queda, explicou a empresa, decorre da participação no processo de Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits – Energia Nova onde foram devolvidos contratos de leilões dos quais a empresa participou em anos anteriores. O principal objetivo desta participação foi o de adequar o nível de contratação anual aos patamares regulatórios. Assim a empresa ficou dentro do limite regulatório com 4,04% de sobrecontratação.
As perdas da distribuidora ficaram em 9,66%, sendo 8,65% como perdas técnicas (no mesmo período e 2016 eram de 9,5%) e 1% não técnicas. Na comparação com o fechamento do terceiro trimestre do ano passado houve retração de 1,03 ponto porcentual. O limite reguatório estabelecido pela Aneel é de 10,99%.
Os indicadores de qualidade nos últimos 12 meses apresentaram aumento. o DEC saiu de 12,47 horas ao final de setembro de 2016 para 13,58 horas este ano ante um limite de 13,39 horas estabelecido pela Aneel. Já o FEC, apesar apresentar elevação, está dentro do limite de 9,33 vezes, saiu de 7,59 vezes para 7,72.
Os investimentos acumulados até o final de setembro ficaram em R$ 240,5 milhões. A divida líquida é de R$ 947,6 milhões. A alavancagem da distribuidora é de 2,9 vezes a relação entre essa dívida e o resultado ebitda anualizado.