A Neoenergia encerrou o terceiro trimestre com prejuízo de R$ 18,4 milhões, leve melhora em comparação ao resultado do mesmo período de 2016. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 616,4 milhões, aumento de 19,4%. No acumulado de janeiro a setembro os ganhos ficaram em R$ 256,3 milhões, retração de 4,9% ante o mesmo período de 2016. O ebitda nessa base é de R$ 2,1 bilhões, uma variação positiva de 6,7%.
A receita líquida do grupo apresentou aumento tanto na base trimestral quanto anual. Entre julho e setembro somou R$ 5,8 bilhões, aumento de 59,07% e R$ 13,9 bilhões, crescimento de 28,3%.
Dentre os segmentos de atuação o maior destaque está em distribuição. O volume de energia distribuída, considerando a incorporação da Elektro Redes, apresentou um aumento de 16,68%. Se consideradas apenas Coelba, Celpe e Cosern, o volume apresentou queda de 1,79% quando comparada ao terceiro trimestre de 2016. Ao total foram 10.872 GWh. Sem considerar a incorporação da Elektro houve redução no mercado cativo, como consequência da migração dos clientes cativos para o mercado livre, que apresentou um expressivo crescimento nas respectivas distribuidoras. O mercado cativo das empresas da Neoenergia passou de 7.973 GWh para 8.484 GWh e o livre de 1.345 GWh para 2.388 GWh.
A NC Energia comercializou 1.643 MW médios no trimestre encerrado em setembro com vendas totais de cerca de R$ 459 milhões por meio de contratos de curto e longo prazo realizados com parte relacionada, consumidores livres, consumidores especiais e demais agentes de mercado. Desse volume total aproximadamente 38% é decorrente de fontes incentivadas.
A dívida bruta consolidada da Neoenergia, incluindo empréstimos, debêntures e instrumentos financeiros, foi de R$ 17,3 bilhões, crescimento de 31% em relação a dezembro de 2016. A empresa atribui o efeito da incorporação da Elektro cujo impacto foi de R$ 3,7 bilhões. A alavancagem da empresa passou de 3,68 vezes a dívida total líquida sobre o ebitda para 4,58 vezes. Em um valor pro forma esse indicador ficaria em 3,53 vezes.
Os investimentos do grupo no acumulado do ano até setembro somam R$ 27 bilhões, sendo 85% em distribuição e 15% em geração, transmissão e outros. Adicionalmente, os investimentos realizados nas controladas em conjunto e coligadas da Neoenergia em sua administração atingiram R$ 309 milhões em 2017, considerando a participação da empresa nos empreendimentos.