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A EDP Brasil já está se preparando para manter a estratégia de contratação de energia para ser utilizada como hedge contra o risco hidrológico. Em 2017 a empresa vem mantendo um nível de energia descontratada equivalente a 18% da sua garantia física como proteção ao GSF. Para o ano que vem, a estratégia é semelhante em decorrência da incerteza quanto ao índice de déficit de geração hídrica. Contudo, diante da perspectiva de mudanças que podem ser implantadas pelo governo a posição da empresa é de manter essa contratação mas com flexibilidade para atuar diante de uma futura alteração regulatória que poderá ser adotada.
De acordo com o presidente da EDP Brasil, Miguel Setas, o cenários desenvolvidos pela empresa apontam um patamar de PLD que poderá flutuar na média entre R$ 200 a R$ 300/MWh, um nível classificado por ele como elevado. Mas, ressaltou que as projeções dependem muito da hidrologia no período úmido do pais, que se iniciou este mês.
“É uma faixa larga mas é um patamar elevado e com isso estamos a construir uma posição para mitigar esse risco em 2018 assim como fizemos em 2017, comprando energia para utilizar como hedge”, comentou ele a jornalistas em evento promovido pela empresa para analistas e investidores.
Contudo, destacou, é necessário ver a posição do governo em relação à solução que será adotada para o GSF. Apesar de uma posição longa no mercado, que significa estar contratado, empresa poderá rever essa posição de comprar energia para se proteger do risco hidrológico. E para isso é necessário uma posição de flexibilidade. “Estamos nos antecipando ao ano de 2018, mas com flexibilidade para quando tivermos uma solução para o GSF”, ressaltou ele.
Seta acredita que o mercado não deverá ser paralisado com uma iminente elevação dos valores da liquidação financeira do mercado de curto prazo nos próximos eventos dessa natureza. Ele afirmou que o setor tem instituições competentes e que isso não deverá ocorrer.
Apesar dessa posição Setas afirmou que esse assunto carece de uma solução, dentre um conjunto de assuntos esse é um dos mais imediatos. O impacto do GSF na EDP, lembrou ele, foi de R$ 50 milhões ante um potencial de R$ 300 milhões se não fosse o hedge de 18% mantido com a compra de 70 MW médios adicionais no mercado e com a contribuição da comercializadora no resultado global da companhia, pois atuou como uma geradora de caixa para compensar o efeito do déficit hídrico que vem sendo apurado.