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A EDP Brasil deu início a um projeto de P&D para sistemas de inteligência artificial aplicados à área de distribuição de energia. A previsão é de investir R$ 8,3 milhões ao longo de 18 meses. O projeto irá estudar os impactos da automação de processos com robôs de última geração. A iniciativa visa a estruturação de um observatório de tecnologias disruptivas que analisará, entre outros temas relevantes, os impactos na formação e gestão da força de trabalho. O projeto será desenvolvido em parceria com a EY e a USP.

De acordo com a empresa, a partir desse estudo, será possível identificar, medir e mitigar os aspectos socioeconômicos e culturais, ajudando a definir um novo perfil para os colaboradores e corpos diretivos das empresas diante das mudanças trazidas pela aplicação de novas tecnologias avançadas. E ainda, permitirá o uso de robôs de primeira geração, que são capazes de automatizar processos manuais e repetitivos, liberando as pessoas para atividades mais analíticas. Na sequência, será realizado o mesmo estudo usando robôs de terceira geração e superior, com o uso de inteligência artificial, capazes de aprender a identificar padrões e a tomar decisões.

A EDP tornou-se este ano a primeira empresa do setor elétrico a criar um Centro de Excelência em Robotização, com uma equipe certificada e dedicada a automatizar e gerenciar a força de trabalho digital. A Companhia já disponibilizou 15 robôs que entraram em operação em setembro, e está atualmente trabalhando na implementação de mais 23 unidades. A meta, explicou o presidente da empresa, Miguel Setas é a de atingir mais de 100 robôs até ao final de 2018.

Setas comentou que o tema desse P&D é muito importante para a empresa uma vez que o setor elétrico vem passando por uma transformação tecnológica profunda. Ele aponta que os próximos 10 anos serão marcados por um processo de transformação incisivo com a alteração do modelo de negócios das empresas com a revolução que a GD trouxe ao mercado.

Nesse sentido, a aplicação da inteligência artificial tem papel interessante por prover a companhia de processos automatizados com mais eficiência e assertividade e menos falhas. “Os robôs de primeira geração são programados para atividades mais rotineiras, e pretendemos fazer um upgrade que na prática traz a capacidade de aprender com a rotina e aí tomarem decisões e não ser apenas um executor”, comentou o executivo.

Setas exemplificou que os novos robôs poderão atuar indicando cortes a serem efetuados ao traçar rotas para as equipes de campo e num futuro com a smart grid, realizar esse tipo de tarefa automaticamente. Outra frente pode ser no combate à inadimplência. E com o aumento da volume de dados na rede a análise dessas informações devem ficar com as máquinas que podem atuar de forma mais ágil do que uma pessoa. “Vamos trazer a inteligência artificial para atividades da cadeia de valor do setor elétrico”, definiu.

Segundo a companhia, dentre os processos robotizáveis inclusos no projeto de P&D, estão ainda o saneamento de inconsistências nos cadastros técnicos e comerciais das distribuidoras,  apoio no processo de operação das redes de distribuição, direcionamento e refinamento de ações de recuperação de receitas nas concessionárias, gestão de ativos, incluindo atividades de O&M e atendimento a consumidores e aspectos regulatórios.