Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de outubro indicam aumento de 3,1% no consumo consumo de energia elétrica do país, na comparação com o mesmo período de 2016, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em boletim divulgado na última quinta-feira, 9 de novembro.

Em outubro, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) somou 61.909 MW médios, aumento de 3,1% na comparação com o consumo ao longo de outubro do ano passado. No ambiente de contratação livre, o boletim aponta elevação de 12,4% no consumo, índice que já leva em conta as novas cargas de consumidores vindas do mercado cativo. Sem a presença dessas cargas na análise, o ACL teria aumento de 1,3% no consumo.

O consumo no ambiente regulado ficou praticamente estável, registrando queda de apenas 0,3%, índice que reflete a migração de consumidores para o mercado livre. Haveria alta de 4% no consumo, caso a migração fosse desconsiderado na análise.

Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+9,2%), têxtil (+4,7%) e de saneamento (+4,4%) registraram incremento no consumo, mesmo quando a migração é desconsiderada. Nesse mesmo cenário, os maiores índices de retração pertencem aos segmentos de bebidas (-4,1%), químico (-3,5%), e de extração de minerais metálicos (-2,4%).

A análise indica ainda que, em outubro, a geração de energia no sistema totalizou 63.620 MW médios, montante 2,4% superior à produção em 2016. O crescimento é impulsionado pelo incremento de 25,8% na geração das usinas térmicas e de 32% das eólicas. A geração hidráulica foi 9,2% inferior à produção de energia no mesmo período do ano passado. Além disso, foi identificado intercâmbio internacional de 184,1 MW médios para este período.

O boletim InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) gerem, em outubro, o equivalente a 62,5% de suas garantias físicas, ou 37.727 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 68,6%.