A Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo e a Unesp assinaram na última quarta-feira, 8 de novembro, um protocolo de intenções em que a secretaria dará suporte técnico à contratação de empresa que realizará estudos de viabilidade para a migração dos contratos de energia da Universidade para o mercado livre e medidas de eficiência energética, que impactarão na redução do consumo de energia elétrica das 38 unidades distribuídas em 24 municípios do Estado.

Atualmente a Unesp tem uma despesa anual de R$ 28 milhões com energia elétrica. “A expectativa é que somente com a mudança para o mercado livre a Unesp tenha uma economia de 20% na conta, o que representa cerca de R$ 5 milhões”, explicou o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.

A Universidade realizará uma chamada pública que irá definir a proposta mais vantajosa para a contratação de empresa especializada em serviços de consultoria, assessoria e gestão energética. O protocolo prevê a estruturação e implantação de modelo de contrato de performance, com remuneração pelos serviços mediante o desempenho alcançado e a editoração de publicações referentes aos resultados das ações.

“Ações como estas são importantes num contexto de fomento de triangulações na qual a universidade e o setor privado fortaleçam o Estado como uma instância empreendedora. As universidades públicas paulistas têm plenas condições de dar retorno à sociedade que a financia na forma de conhecimento acadêmico e de papers publicados em revistas de prestígio nacional e internacional. Elas também contribuem com a geração de riqueza na forma de pesquisas e ações com impacto no PIB. O Estado investe na inteligência das universidades; e isso pode trazer repercussões no setor empresarial, principalmente em São Paulo, que tem um sistema único com a autonomia de três universidades públicas (USP, Unesp e Unicamp), que cobrem 33 cidades paulistas, tendo a Fapesp como amálgama desse conhecimento”, afirmou o reitor da Unesp, Sandro Roberto Valentini.

Somando todos os campi da universidade, o consumo anual atinge os 60 gigawatt-hora (GWh). “A Unesp poderá alcançar uma economia anual ainda maior com a aplicação de outras ações como a substituição da iluminação atual por lâmpadas de led, modernização dos equipamentos de refrigeração e a instalação de geradores para os horários de ponta”, definiu o subsecretário de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Junior.

A Secretaria de Energia e Mineração anunciou também que irá apoiar também o estudo de projetos de geração distribuída a partir de fontes renováveis, como solar fotovoltaica, biogás, biomassa e outras fontes alternativas nos diversos campi da Universidade. “Gerar economia para as instituições do Estado, aumentar a geração de energia renovável na matriz energética paulista e criar emprego e renda para a população. Essa é a orientação do governador Geraldo Alckmin e objetivo desse projeto”, destacou Meirelles.