O aumento médio de 3,28% nas contas de energia elétrica, devido a entrada da bandeira tarifária vermelha, fez com que o grupo Habitação, com variação de 1,33% e impacto de 0,21 ponto percentual, dominasse a alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de outubro. O IPCA teve variação de 0,42% em outubro, ficando 0,26 ponto percentual acima dos 0,16% registrados em setembro. No ano, o índice acumula 2,21%, abaixo dos 5,78% registrados no mesmo período do ano passado. O valor também é o menor acumulado no ano registrado em um mês de outubro desde 1998. No acumulado de 12 meses, o IPCA está em 2,70%, acima dos 2,54% verificados no mesmo acumulado de 2016.
O aumento de 4,49% no gás de botijão foi o outro responsável pela subida do grupo Habitação. Goiânia (GO) teve o maior aumento regional, com variação de 1,52%, puxada pelo aumento de 18,77% na energia e de 7,87% no preço da gasolina. Já Vitória teve o efeito inverso, com redução média de 2,27% na energia e 1,22% na gasolina.
De acordo com o analista da pesquisa, José Fernando Gonçalves, a passagem da bandeira amarela para a vermelha determinou a aceleração da inflação em outubro. Segundo ele, no próximo mês aumentará a pressão nos preços da energia, uma vez que o valor da bandeira vermelha aumentou de R$ 3,50 para R$5 por cada 100kW consumidos.
Em outubro, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, somente Alimentação e Bebidas, com queda de 0,05% e artigos de residência, com redução de 0,39%, apresentaram sinal negativo.