A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) registrou prejuízo de R$ 185,8 milhões no terceiro trimestre no ano. No mesmo período em 2016, a empresa auferiu lucro de R$ 80,2 milhões, segundo balanço operacional e financeiro divulgado na última sexta-feira, 10 de novembro.
O potencial de geração de caixa medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também ficou negativo no período em R$ 131,7 milhões, bem diferente dos R$ 189,3 milhões positivos verificados em 2016.
A receita operacional líquida totalizou R$ 362,5 milhões de julho a setembro, redução de 3,2% na comparação com igual período em 2016. No terceiro trimestre de 2017, a produção de energia elétrica das usinas da Cesp atingiu 2.296,4 GWh, 1,10% inferior ao terceiro trimestre de 2016.
RESULTADO NO ANO
Em nove meses, o prejuízo está acumulado em R$ 66,4 milhões, contra lucro de R$ 279,5 milhões em igual momento em 2016. O Ebitda está positivo em R$ 195,1 milhões, contra R$ 547,8 milhões em 2016. A receita de janeiro a setembro totalizou R$ 1,08 bilhão, 18,2% menor que o verificado no mesmo período do ano passado ( R$1,32 bilhão).
A Cesp detém a concessão de três hidrelétricas que operam no regime de preço, com um total de 18 unidades geradoras, 1.654,6 MW de capacidade instalada. Em 03 de maio deste ano, o Ministério de Minas e Energia publicou a Portaria nº 178, reduzindo a partir de 2018 a garantia física da UHE Porto Primavera de 992,6 para 941,8 MW médios, da UHE Paraibuna de 50 para 47,5 MW médios, e da UHE Jaguari de 14,0 para 13,3 MW médios. Com isso, a garantia física comercializável em 2018 passará dos atuais 1.056,6 para 1.002,6 MW médios.
O contrato de concessão da UHE Jaguari vence em maio de 2020; a da UHE Paraibuna em março de 2021; e a da UHE Porto Primavera em julho de 2028.