O Balanço Energético do Estado de São Paulo referente a 2016, publicado na última segunda-feira, 13 de novembro, pela Secretaria de Energia e Mineração, mostra que pela primeira vez – desde 1980 – quando foram iniciados os levantamentos, a participação das energias renováveis na matriz energética paulista atingiu a marca de 60,8%.
Até então o maior registro havia sido em 2009, quando as energias renováveis somaram 59,1% da matriz paulista. O menor índice ocorreu em 1981 com apenas 33,4% de fontes limpas.
Em 2015 as energias renováveis representaram 58% do consumo. “Entre os principais fatores que garantiram o aumento do índice de renovabilidade da matriz em relação ao ano anterior estão a retomada das chuvas, que causaram o desligamento das térmicas a gás, a diminuição da atividade econômica em decorrência da crise e a estabilidade do setor sucroalcooleiro”, explicou o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.
São consideradas fontes renováveis de energia os biocombustíveis, como etanol e biodiesel, a geração hidráulica, a termoeletricidade a partir da biomassa, tais como cana-de-açúcar e resíduos florestais e a geração eólica e fotovoltaica.
A redução no consumo dos derivados de petróleo e de carvão mineral, principalmente no setor siderúrgico, colaborou com o aumento da participação dos recursos renováveis.
Nos últimos 10 anos o Estado de São Paulo fortaleceu em 17,2% a produção dos diversos tipos de energéticos, o que colabora para a segurança do setor de energia estadual. Em 2007 a suficiência energética era de 50 milhões tonelada de óleo equivalente (toe) passando para 58,6 milhões de toe em 2016. A produção de gás natural no período avançou 17 vezes, o consumo de eletricidade apresentou um aumento de 11,7%, e a oferta de etanol cresceu 28,5%.
Mais informações do Balanço dão conta de que, com o maior parque fabril da América Latina e mais de 45 milhões de habitantes, o Estado de São Paulo consumiu 27% de toda a energia utilizada no Brasil em 2016. A participação do Estado no consumo nacional de derivados de petróleo ficou em 23%. Já o uso de insumos energéticos renováveis teve a participação de 59% do bagaço de cana, 42% do etanol e 28% da eletricidade.