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A Ômega Geração estuda duas novas aquisições de ativos de geração que, segundo o presidente da companhia, Antônio Bastos, estão em “negociações avançadas”, podendo ser anunciadas ainda no quarto trimestre do ano. Nesta terça-feira, 14 de novembro, a empresa divulgou os resultados financeiros do terceiro trimestre, com lucro líquido de R$ 12,3 milhões, aumento de 132% na comparação com o mesmo período de 2016. Em nove meses, porém, a empresa acumula um prejuízo de R$ 2,1 milhões.
Até o final de dezembro, a Ômega pretende concluir a incorporação do parque eólico Delta 3 (MA-220 MW), praticamente dobrando a atual capacidade instalada da companhia de 255 MW. O novo ativo tem um potencial de incrementar mais de R$ 100 milhões ao Ebitda da empresa.
No terceiro trimestre de 2017, potencial de geração de caixa medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) alcançou R$ 46,7 milhões, contra R$ 18,5 milhões no mesmo período do ano anterior, aumento de 152%. Em nove meses, Ebitda está positivo em R$ 86,5 milhões, contra R$ 68,4 milhões em 2016, alta de 26%.
“Confirmamos a expectativa de concluir a estruturação do ativo Delta 3 em dezembro. Das condições precedentes ainda pendentes, a única que resta é uma emissão de debêntures por Delta 3 de tal forma que estrutura de capital dela seja absolutamente compatível com o seu plano de negócio. Após essa condição cumprida, vamos concluir a incorporação”, disse Bastos durante teleconferência com analistas de mercado.
“Continuamos o processo de melhoria e aperfeiçoamento transacional da companhia, de forma que ela seja mais um hub para consolidar ativos em operação de renováveis no país”, completou o executivo. A companhia tem R$ 492 milhões em caixa. “Acreditamos que as nossas reservas de caixa vão ser consumidas com transações novas ao longo de 2018, conforme o nosso plano original”, concluiu Bastos.
Segundo o balanço financeiro da companhia, um dos componentes que levaram ao aumento de despesas foram gastos com due diligente de ativos. Na comparação trimestral, os custos aumentaram de R$ 12,5 milhões para R$ 15,5 milhões de um ano para o outro. “O DNA da companhia é estar sempre olhando as oportunidades e a gente está avaliando algumas”, disse o novo diretor financeiro da Ômega, Marcelo Habib. “Não podemos abrir nada ainda, mas o time está focado em avaliar algumas oportunidades interessantes”, acrescentou o CFO.
Habib explicou que não faz parte do foco da empresa concorrer em leilões, portanto, a empresa não participará dos certames de geração programados pelo governo para ocorrem em dezembro. “A gente só pensa em projetos operacionais”, afirmou.
Bastos, por sua vez, ponderou que o fato de existir leilão é uma boa notícia. “Vamos ter capacidade de avaliar projetos não só de desenvolvedores independentes, mas de outros também. Estamos monitorando isso de perto. Após o leilão concluído, vamos começar as negociações para tentar atrair parte do volume contratado para a Ômega Geração conforme os ativos forem entrando em operação a partir de 2019, 2020, 2021.”
No terceiro trimestre, a receita líquida da companhia somou R$ 153,4 milhões, duas vezes maior do que foi em igual período em 2016. Em nove meses, a receita soma R$ 289,3 milhões, aumento de 133% na comparação com 2016. A dívida bruta totalizou R$ 739 milhões e a líquida R$ 194 milhões. O prazo médio de vencimento das dívidas é de 7,4 anos, com 94% do endividamento indexado a TJLP. A atual alavancagem (dívida líquida/Ebitda) é de 1,7x.