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A Renova deu por concluído o seu processo de revisão de plano de negócios. Desde o inicio de 2016 a companhia vinha em um processo de redução de capacidade instalada contratada que culminou com o anúncio da venda do complexo eólico Umburanas à Engie Brasil Energia, transferência de PPAs no mercado regulado e no livre. Nesse período foram reduzidos 2 GW em capacidade instalada ou 76,7% da energia que negociou.
Ao final do trimestre encerrado em setembro a Renova conta com 190,2 MW em operação comercial e mais 429,6 MW classificados como outros. Esse volume era de 683,5 MW e de 1.971,6 MW, respectivamente no início de 2016.
De acordo com o presidente da geradora, Carlos Figueiredo, agora a Renova possui uma estrutura de capital equacionada para o tamanho da companhia. Entre os próximos passos, a empresa prevê terminar o processo de aumento de capital que a injeção de R$ 1,4 bilhão que a Brookfield poderá fazer e aí partir para o desenvolvimento de novos projetos que estão em seu pipeline de projetos.
Ao ter a aprovação da capitalização por meio da oferta da Brookfield, a empresa tem como meta utilizar os recursos no projeto Alto Sertão III. Outra vantagem com esse aporte é a redução da alavancagem e a aplicação em novos projetos.
“O processo de capitalização da empresa por meio da oferta primária da Brookfield tem que ser aceito pelos acionistas e se dará por aumento de capital onde os controladores perderão direito de preferência”, explicou. “[Antes de ser oficializada] deve passar pelos órgãos de governança da Renova e depois será levada a assembleia. Acreditamos que no primeiro trimestre de 2018 esse processe deverá estar concluído”, acrescentou o executivo durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre.
Contudo, a empresa não entrará nos leilões de geração marcados para os dias 18 e 20 de dezembro. Isso porque a Aneel determinou a proibição da Renova nessa disputa por conta da transferência do complexo Umburanas. De qualquer forma, até mesmo para o A-4 a empresa enfrentaria restrição de escoamento na região.
A empresa apresentou uma redução de dívida líquida de 54% ante o mesmo período do ano passado. Encerrou o trimestre com R$ 1,24 bilhão. Do endividamento bruto de R$ 1,26 bilhão, 68,3% é junto ao BNDES por empréstimo ponte, a segunda maior parcela, com 24,3% é de capital de giro e 7,4% é devido ao BNB mais Finep. Assim que entrar o empréstimo de longo prazo do BNDES para o projeto Alto Sertão III há a substituição dos 68,3% que passam a figurar como empréstimos de longo prazo junto ao banco de fomento federal.