O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., confirmou nesta terça-feira (14), durante entrevista coletiva para apresentar os resultados do terceiro trimestre, que a companhia vai lançar no próximo mês de dezembro um plano de demissão voluntária que deve abarcar aproximadamente 2.500 funcionários. Metade desses desligamentos deverá ocorrer nas atividades concentradas no Rio de Janeiro, onde será iniciado o programa e estão instaladas as sedes da holding e de subsidiárias importantes, como Furnas, Eletronuclear e Cepel. Ao longo do primeiro semestre do ano que vem, o plano será levado a Recife (sede da Chesf), Brasília (sede da Eletronorte) e Florianópolis (sede da Eletrosul).
Segundo Ferreira Jr., caso o número de demissões estipulado como meta seja de fato atingido, o Plano de Incentivo ao Desligamento – como a ação foi batizada – deverá gerar uma economia anual em torno de R$ 600 milhões para a companhia. A criação do plano é consequência direta do processo de unificação estrutural administrativa em curso desde o início deste ano, que visa a implantação de sistemas e procedimentos únicos em todas as empresas do Sistema Eletrobras. Com isso, atividades como emissão de contra-cheques, centralização de contas a pagar, emissão de férias e pagamento de impostos, estarão centralizadas, eliminando a necessidade de diversos postos de trabalho.
Além do programa de demissão, a empresa contará anda com o desligamento, por meio do Plano de Aposentadoria Extraordinária, de 2.108 pessoas, das quais aproximadamente 1.000 em dezembro deste ano. A economia anual prevista com o total alcançado é estimada em R$ 877 milhões, valor superior aos R$ 813 milhões que a holding investiu para implementar o PAE. “Mesmo sem alcançar a meta inicial de desligamento com o Plano de Aposentadoria, que era de 2.437 pessoas, o resultado obtido será bastante importante para a empresa”, considerou o executivo. A reestruturação organizacional adotada na holding prevê ainda a eliminação de 1.313 posições gerenciais até o final deste ano.