Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,
A Cemig classificou a campanha de investimentos que vem fazendo em 2017 com termos “contida” e o “o mínimo necessário” por conta de sua delicada situação financeira. A companhia fechou o terceiro trimestre com resultado ebitda negativo por um fator pontual negativo, a adesão ao plano de regularização de créditos tributários do estado, mas que afetou o cálculo da alavancagem da companhia. Até o fechamento do terceiro trimestre foram aplicados 60,2% do planejado no ano.
De acordo com o superintendente de Relações com Investidores da estatal mineira, Antonio Velez, o principal alvo dos aportes da empresa tem sido na distribuidora tendo em vista a proximidade do próximo ciclo de revisão tarifária a partir do ano que vem. A meta é de aplicar os recursos em tempo hábil para ser reconhecido como base de remuneração. Além disso, comentou ele, os demais aportes tem sido feitos para atender aos compromissos e manter a qualidade do serviço da Cemig.

De um total de R$ 1,582 bilhão planejados no ano, foram investidos R$ 953 milhões. Desse montante, R$ 1,091 bilhão estavam destinados à distribuidora que recebeu 63,6%  do total, ou R$ 694 milhões. As áreas de geração e de transmissão receberam proporcionalmente menos em relação ao planejado. Em geração, 53,8% dos R$ 448 milhões e transmissão com 41,9% dos R$ 43 milhões.

Apesar da dívida líquida de R$ 12,8 bilhões, o executivo destacou a queda desse montante em R$ 1,4 bilhão no período de um ano. “Reduzimos o endividamento da companhia em mais de R$ 1 bilhão com geração interna de caixa o que mostra a capacidade da Cemig em honrar seus compromissos”, disse ele em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados do terceiro trimestre do ano.

A Cemig ainda olha para o futuro com otimismo em função das perspectivas de alongamento dos vencimentos da dívida com a possibilidade e captação de recursos no exterior. Esse movimento poderá ser retomado após a definição do posicionamento da empresa quanto à venda de ativos e de iniciativas como a sua participação em leilão de geração das UHEs que havia devolvido à União com a lei 12.783/2013.

A redução do endividamento da empresa ainda passa pela captação de R$ 1,3 bilhão com o aumento de capital da empresa, o aporte da Brookfield na Renova que pode render à estatal mineira R$ 400 milhões, alienação da Light e da parcela que detém na Santo Antônio Energia, concessionária responsável pela UHE Santo Antônio (3.568 MW, RO).  Por isso, apontou Velez, a meta de chegar a um patamar de alavancagem tendo como base a relação entre o resultado ebitda e a dívida líquida em 2,5 vezes é uma possibilidade real. Segundo ele, os próximos meses deverão vir cheios de eventos no sentido de trazer o endividamento para níveis confortáveis para  a estatal.