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As distribuidoras começaram a ter algum alívio em novembro, com a entrada de R$ 1,1 bilhão da Conta de Energia de Reserva para cobrir parte dos custos da liquidação financeira no mercado de curto prazo, e já fazem contas para dezembro, quando devem contar com a arrecadação do adicional das bandeiras tarifárias. Coner e bandeiras vão reduzir em R$ 2,1 bilhões as despesas financeiras relacionadas ao aumento do custo da energia até o fim do ano, mas ainda vai sobrar uma conta de R$ 4,1 bilhões a ser carregada até abril de 2018, segundo cálculos da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica. O déficit estimado anteriormente para 2017 era de R$ 6,2 bilhões.

“Lá para meados de dezembro é que esse dinheiro [da arrecadação adicional das bandeiras tarifárias] vai entrar no caixa das distribuidoras. A tarifa cheia, porque o que entrou até agora foi parcial”, explica o presidente da Abradee, Nelson Leite. A arrecadação prevista para a conta bandeiras é de R$ 500 milhões mensais em novembro e dezembro, com o aumento do adicional da bandeira vermelha patamar 2 de R$ 3,50/kWh para R$ 5,00/kWh a cada 100 kW consumidos.  Os consumidores já começaram a pagar esses valores na conta de energia desde o inicio do mês.

Para o executivo da associação, é prudente que a bandeira vermelha patamar 2 seja mantida para garantir o aumento do fluxo de recursos para a conta das bandeiras tarifárias. As operações liquidadas agora em novembro pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica são referentes a setembro, mês em que o risco hidrológico aumentou significativamente  e as usinas hidrelétricas geraram em torno de 40% menos. “Eu acho que nós temos que trabalhar agora para a liquidação de dezembro [quando serão feitos os pagamentos das operações de outubro]. Temos que colocar todo o nosso esforço agora para que não haja problema com relação ao mês que vem”, afirma Leite.

A avaliação da Abradee é de que os custos do GSF de janeiro e fevereiro serão menores, em consequência da redução do déficit de geração das usinas hidrelétricas. Há uma expectativa de que as chuvas contribuam para aumentar a energia armazenada nos reservatórios e levem à redução do Preço de Liquidação das Diferenças e do despacho de usinas termelétricas.

A aposta é de que usinas a fio d’água com Santo Antônio, Jirau e Belo Monte venham a gerar a mais no período chuvoso, produzindo uma quantidade de energia secundária que faça com que o GSF (fator que reflete o desempenho da geração hídrica) das usinas participantes do Mecanismo de Realocação de Energia se aproxime de 100%. Com isso, o déficit de R$ 4,1 bilhões seria atenuado até abril, quando começam a entrar os reajustes tarifários anuais e a conta zera. “A partir de abril, você tem o efeito dos reajustes e da bandeira vermelha turbinada. Então, a conta bandeiras fica superavitária.”