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Divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica na última terça-feira, 14 de novembro, os preços-teto para os leilões A-4 e A-6, que serão realizados em dezembro, foram elogiados pelas associações do setor e estão em linha com as mudanças no cenário macroeconômico, tornando-os mais próximos da realidade do mercado. De acordo com o gerente de bioeletricidade da união da Indústria de Cana de Açúcar, Zilmar de Souza, o preço de R$ 329/MWh traz uma condição realista de mercado, já que está 31% maior que o do A-5 de 2016. “Era importante que essa sinalização refletisse no preço do A-4 e A6. É positivo que o realismo tarifário se mantenha no ministério”, afirma. Com apenas 42 projetos cadastrados, Souza considera importante a manutenção das regras para que haja estímulo a mais projetos nos próximos leilões.
Para a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Élbia Gannoum, o preço de R$ R$ 276/MWh dá uma sinalização muito importante para o mercado, uma vez que está em patamar razoável para atrair investidores nacionais e internacionais, permitindo uma competição saudável no certame. A fonte, que vem sendo a mais exitosa no setor elétrico, deve ver forte disputa nos certames. A executiva da associação ressaltou ainda que a fonte é a de menor preço, o que é um importante indicativo do seu potencial competitivo.
Os R$ 329/ MWh ou cerca de US$ 100 estipulados para a fonte solar no leilão A-4 também foram motivo de elogio para o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar e Fotovoltaica, Rodrigo Sauaia. Ele acredita que o certame será bastante disputado, o que vai possibilitar uma forte redução desse valor. Sauaia também chama a atenção para a divulgação do detalhamento das condições de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que deverá ser feita nos próximos dias. Isso deve dar um desenho melhor da competição no leilão A-4. “Foi uma sinalização que atrairá os investidores para o leilão”, avisa. Ele espera que o governo siga a recomendação do setor fotovoltaico e proporcione a contratação de 2 GW.
O presidente da associação lembra da divulgação pelo Operador Nacional do Setor Elétrico da nota técnica com as margens de escoamento da transmissão. Segundo ele, a situação é melhor que a do certame de 2016 e restrições a algumas regiões podem fazer aparecer projetos em novas localidades.