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Após o Ministério do Planejamento iniciar o processo de avaliação de oportunidade de migrar 34 unidades consumidoras da administração Federal para o mercado livre de energia, outras instituições públicas seguem o mesmo caminho e avançam com estudos em busca reduzir seus gastos com energia elétrica.
Gilberto Rossi, diretor de Gestão da Matrix Energy Trading, contou para a Agência CanalEnergia que a comercializadora vem prestando consultoria para o Sepro (Serviço Federal de Processamento de Dados), maior empresa pública de prestação de serviço em tecnologia da informação do Brasil, e para a Marinha, que deseja migrar seu principal ponto de consumo de energia elétrica, a Base Naval do Rio de Janeiro. Todos os processos foram precedidos de licitação pública.
Rossi explicou que o serviço está sendo prestado em etapas. Num primeiro momento estão sendo feitos os estudos de viabilidade e o treinamento das equipes envolvidas. As etapas seguintes envolvem a elaboração de uma estratégia de contratação de energia e depois a efetiva migração, tudo para garantir que não haverá nenhum tipo de problema. “A Matrix está indo ao encontro de um novo público alvo, que são essas instituições públicas que estão buscando empresas capacitadas para prestar esse tipo de consultoria”, disse.
Rossi destacou uma importante característica desses novos clientes: eles buscam contratos de longuíssimo prazo, diferente do que ocorre normalmente com unidades privadas. A Matrix também participou da licitação pública promovida pelo Ministério do Planejamento visando migração de 19 prédios da Esplanada dos Ministérios, porém quem venceu a disputa foi a Prime Energy.
A diretora de Regulação da Matrix, Josiani Napolitano, contou que a comercializadora recentemente prestou consultoria para a Caixa Econômica Federal. O banco deverá abrir em breve uma licitação para migrar duas agências como projeto piloto. “Entendemos que as coisas estão mudando. Até outro dia o governo era terminantemente contra o mercado livre, embora não explicitasse. Hoje a gente percebe que têm muitas instituições que já tomaram decisões internamente e estão realizando ações efetivas no sentido de migrar para o ACL com o objetivo de reduzir custos”, comentou a executiva.
Na avaliação de Josiani, há uma série de medidas em andamento pelo Governo que serão determinantes para a ampliação e consolidação do mercado livre no Brasil. “O que a gente quer é tornar público a migração que está ocorrendo desses órgãos governamentais e o trabalho que a Matrix tem realizado para ajudar essas instituições nesse processo de migração.”
Em fevereiro deste ano, o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, disse em entrevista coletiva que o Governo Federal passaria a comprar e consumir energia no mercado livre a partir de 2018. A medida é mais uma ação do governo para conter as despesas de funcionamento da máquina pública.
Por permitir a livre negociação de preço direto com geradoras e comercializadoras, a energia no mercado livre pode garantir uma redução de até 20% nas faturas, diferente da energia entregue pela distribuidora, cujas tarifas são previamente fixadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e sofrem aumentos sazonais quando há o acionamento das bandeiras tarifárias.