A Enel anunciou nesta terça-feira, 21 de setembro, seu plano de negócios para o triênio 2018-2020. A empresa italiana investirá € 24,6 bilhões no período. Os aportes em renováveis será de € 8,3 bilhões, que representarão um incremento de 7,8 GW de capacidade adicional nos próximos três anos. A área de redes receberá € 4,7 bilhões, com a perspectiva de aumentar o número de medidores inteligentes instalados para 47,9 milhões, sendo que 17,4 milhões de segunda geração. A área de e-Solutions terá aportes de € 800 milhões voltados para a instalação de estações de recarga de veículos elétricos, plataformas de software e iluminação pública.
Na distribuição geográfica, a Enel vai focar 80% dos investimentos para mercados maduros, representando uma mudança significativa em relação ao plano anterior, 2017-2019, que previu 60% para esse mercado. Com isso, a empresa pretende reduzir o seu perfil de risco. Os investimentos vão crescer 40% nas Américas do Norte e Central, com foco em Renováveis; 23% na Itália, impulsionado por Redes; e 35% na península Ibérica, com Redes e o retorno do crescimento de renováveis. Na América do Sul, a empresa prevê redução de 26% nos aportes, principalmente, em Renováveis. Esses investimentos devem gerar um crescimento acumulado do ebtida de € 3,6 bilhões entre 2018 e 2020.
O foco na digitalização se firma no plano, com perspectiva de aportes de € 5,3 bilhões nos próximos três anos. O montante significa um incremento frente a previsão para o triênio 2017-2019 de € 4,7 bilhões. Os aportes em digitalização devem gerar um incremento acumulado do ebtida do grupo de € 1,9 bilhão nos próximos três anos. Segundo a Enel, 60% desse crescimento virá de margens maiores e 40% da redução dos custos operacionais.
A empresa segue no plano de simplificação de sua estrutura e gestão de portfólio. Por isso, prevê a venda de € 3,2 bilhões em ativos existentes, principalmente, de geração térmica e saída de países não estratégicos. Além disso, a empresa vai investir € 4,7 bilhões, sendo € 2,3 bilhões para compra de participações minoritárias; € 2 bilhões para aquisições de negócios de Rede e e-Solutions; e € 400 milhões para equity.
A compra de participações minoritárias continua sendo foco na América do Sul. Na região, a empresa pretende reduzir o número de empresa operacionais para menos de 30 em 2020, ante 53 no fim de 2017.
Para os acionistas, a empresa se comprometeu a pagar um dividendo mínimo de € 0,28 em 2018. O CEO da Enel, Francesco Starace, disse que empresa teve um progresso “notável” em todas as áreas da estratégia corporativa. “Como consequência, podemos aumentar nosso dividendo em 2017 [€ 0,23] em 44% frente ao pay-out de 2015. Todos esses resultados foram atingidos apesar de condições significativamente mais desafiadoras do cenário macro do que esperado”, afirmou em comunicado à imprensa.