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A perspectiva de uma participação menor do BNDES e a busca de novos agentes de crédito nos leilões de energia deve fazer com que a melhor estruturação de financiamento de projetos se transforme em fator determinante para a viabilização. De acordo com Gil Maranhão, diretor de estratégia da Engie, esse movimento começará a ser observado a partir dos leilões de dezembro. “A criatividade em estruturar o capital e buscar novas fontes, capitais, taxas, contratos e prazos vai começar a mudar o destino dos leilões”, afirma o executivo, que participou nesta terça-feira, 21 de novembro, do Congresso Brasileiro de Energia da Coppe-UFRJ, realizado no Rio de Janeiro (RJ).

No desenho anterior – em que o BNDES era o principal agente financiador – o que determinava a viabilização de um projeto nos certames eram aspectos técnicos e fatores como a eficiência do projeto, a tecnologia e o epecista. Para Maranhão, a criatividade para buscar novas fontes de financiamento vai começar a fazer a diferença. “Isso vai aparecer agora de forma suave, mas ao longo dos próximos anos vai fazer toda a diferença. Quanto mais criativo você for, podem fazer diferença”, avisa.

Maranhão conta que a empresa belgo-francesa já vem buscando novos parceiros de financiamento. Segundo ele, o capital para financiamento existe, embora o momento seja de transição. Há fundos de investimentos em empreendimentos sustentáveis para empresas com práticas responsáveis. “Existe muito capital no mundo buscando projetos a longo prazo em países com notório padrão de sustentabilidade como o Brasil”, revela o executivo. Apesar disso, existe o desafio da interface entre o produto e o projeto, já que os projetos se apresentam com taxas, prazos e volumes demandados e os capitais tem prazos e taxas que não são compatíveis, cabendo os players e agentes envolvidos fazerem o casamento dos capitais.

Leilões – A empresa ainda não confirmou presença nos leilões de energia e transmissão que serão realizados em dezembro. Segundo Maranhão, a participação será definida apenas próximo ao certame. Este ano a Engie arrematou no leilão de relicitação da Cemig as UHEs Miranda, por R$ 1,36 bilhão e Jaguara, por R$ 2,17 bilhões. Em agosto, ela também comprou o complexo eólico Umburanas da Renova Energia por R$ 15 milhões.