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A AES Tietê Energia participará do leilão A-4, agendado para o dia 18 de dezembro, com o projeto solar AGV II com 90 MW de capacidade instalada no município de Ouroeste (SP), margem esquerda do rio Grande. Se a participação da empresa for bem sucedida e conseguir viabilizar a planta, a empresa ficará bem próxima de atender à obrigação de aumentar a capacidade dentro do estado de São Paulo, compromisso assumido quando houve a privatização das usinas que hoje formam a geradora.
De acordo com a companhia, restarão 20 MW para serem instalados de 398 MW exigidos em contrato. A partir daí, a companhia poderá focar os esforços em investimentos não necessariamente dentro de território paulista. Apesar disso, a companhia ainda mantém projetos térmicos que podem ser viabilizados em seu pipeline. São eles, a usina Termo São Paulo e a térmica que está sendo planejada para a zona sul da capital paulista, no bairro de Pedreira.
De acordo com o diretor presidente da geradora, Ítalo Freitas, o valor do leilão A-4 deverá atrair competição sim. Em sua avaliação, o governo entendeu a necessidade e o momento do mercado por conta do aumento das commodities alumínio e silício no mercado internacional e que vem afetando o preço da fonte solar, bem como outros efeitos locais como o câmbio. Apesar de não ter um grande impacto no preço da fonte, toda a conjuntura leva a um aumento do preço dessa energia.
“Há movimentação de preços para cima no valor da placa solar por razões internacionais. No Brasil tem a questão do dólar. O governo entendeu isso e o seu impacto no custo de projeto. Então, teremos um aumento de preços sim, mas será s competição a influenciar o valor final da energia. Quem tiver maior capacidade de ser competitivo levará vantagem”, comentou o executivo após a reunião com analistas e investidores, promovida pela Apimec-SP.
Freitas lembrou que a movimentação do projeto solar Boa Hora de Recife para o estado de São Paulo teve como objetivo promover essa proximidade do cumprimento da obrigação da empresa. Assim, a companhia poderá ter foco em expansão em outras frentes. Segundo ele, podem ser investimentos em projetos novos ou existentes, apesar de considerar que as oportunidades já não são tantas quanto no passado.
A empresa, observou ele, continua avaliando as oportunidades, mas de olho em reduzir o risco operacional. Por isso, a ideia continua fixa em mitigar os efeitos do risco hidrológico. A meta é de ter 50% do resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) obtidas de outras fontes que não a hidráulica e nesse sentido, destacou há a diversificação de portfólio obtida com a aquisição do complexo Alto Sertão II da Renova e o Boa Hora que coloca a empresa com contratos de longo prazo e previsibilidade de receita.