O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico aponta uma “pequena melhoria” nas condições de atendimento ao Sistema Interligado Nacional, em razão das chuvas registradas no mês de novembro, e avalia que o cenário “deve permanecer evoluindo considerando as chuvas previstas nos próximos dias em grande parte do país.” A análise foi feita nesta quarta-feira, 22 de novembro, em mais uma reunião extraordinária da CMSE.
Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico mostram que a Energia Natural Afluente (quantidade de água que chega aos reservatórios) bruta atingiu, até a última segunda-feira, 20,98% da Média de Longo Termo no Sudeste/Centro-Oeste, 135% no Sul, 17% no Nordeste e 54% no Norte do país. A Energia Armazenada nos reservatórios equivalentes chegou a 17,9% (SE/CO), 59,9% (S), 4,8% (NE) e 17,9% (N) de seus valores máximos.
A situação não é, porém, confortável nas bacias dos rios Grande, Paranaíba, São Francisco e Tocantins, que representam em torno de 80% da capacidade de armazenamento do SIN e apresentaram no mês os piores índices da história. A energia afluente dessas bacias ficou bem abaixo das médias, com 39% no Rio Grande, 54% no Paranaíba, 18% no São Francisco e 51% no Tocantins.
Em nota, o CMSE informa que nos primeiros 20 dias do mês de novembro as chuvas tiveram “uma grande variabilidade espacial”, mas com valores próximos da média histórica. A previsão para o período de 15 a 30 dias é de chuvas relativamente próximas à média histórica no Sudeste, Centro-Oeste e no centro-norte da região Sul.