O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 fechou em 0,32% em novembro, segundo divulgado nesta quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A taxa ficou 0,02 ponto percentual (p.p.) abaixo da verificada em outubro (0,34%). De todos os itens pesquisados pelo IBGE para composição do IPCA-15, a energia elétrica, do grupo Habitação, foi o de maior impacto individual em novembro, com variação de 4,42% e 0,16 p.p. de impacto – metade de todo o IPCA-15 de novembro.
A variação da componente de eletricidade no conjunto de preços foi bastante grande, ficando entre o 1,12% registrado na região metropolitana de Fortaleza e os 21,21% verificados em Goiânia. A forte participação das contas de luz no índice prévio de inflação do país é reflexo direto da adoção do novo valor, em patamar 2, da bandeira vermelha, que entrou em vigor no último dia 1º de novembro e passou a adicionar uma taxa de R$ 5,00 para cada 100 kWh consumidos em cada unidade consumidora.
Em Goiânia, houve reajuste médio de 15,70% no valor das tarifas a partir de 22 de outubro. Houve ainda reajustes médios de 6,84% em Brasília, desde 22 de outubro, e de 22,59% em uma das empresas pesquisadas na região metropolitana de São Paulo, desde 23 de outubro. O preço do gás de botijão subiu 3,30%. Água e esgoto (0,30%), também do grupo Habitação, refletiu os reajustes de 7,89% em São Paulo, a partir de 10 de novembro, e de 4,33% em Fortaleza, em vigor desde 23 de setembro.
Os preços calculados no IPCA-15 foram coletados entre 12 de outubro e 13 de novembro e comparados com os vigentes de 14 de setembro a 11 de outubro de 2017. O indicador abarca famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA, com diferença no período de coleta e na abrangência geográfica.