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Um amplo mapeamento dos projetos de geração solar fotovoltaica contratados nos leilões públicos de energia em 2014 e em 2015 mostram que 33,6% dos empreendimentos ainda trazem oportunidades de mercado para EPCistas e fornecedores de equipamento e insumos, entre outros agentes da cadeia industrial. Realizado pela consultoria Greener, o trabalho se baseia em um detalhado levantamento em cima das plantas negociadas nos três certames voltados a projetos do segmento, e projeta ainda as oportunidades para os empreendedores que entrarão no Leilão A-4/2017, no próximo dia 18 de dezembro.
O estudo define três classificações para os 2.403,1 MW de solar contratados. Os que já possuem investidores e contratos de EPC e de fornecimento assinados têm alta probabilidade de entrarem em operação no prazo. São 1.748,8 MW nesta categoria, entre usinas em operação (360 MW), em testes (60 MW), em construção (1.169,7 MW) e não iniciados (159,1 MW). Os projetos sem contratos de EPC e sem a totalidade dos fornecedores assegurados perfazem 544,3 MW, e têm média probabilidade de execução. Empreendimentos de baixa probabilidades – sem investidores, EPCistas e fornecedores definidos – somam 110 MW.
“O levantamento deixa claro que o universo dos projetos contratados nos leilões de reserva e que ainda apresentam várias oportunidades de mercado, seja para construtores, seja para os diversos segmentos da cadeia de fornecedores de equipamentos, insumos e serviços, ainda é bastante grande”, sublinha Lincoln Romaro, analista da Greener. Considerando apenas as usinas não iniciadas e as de média e baixa probabilidade de execução no prazo acordado – todas com previsão de iniciar produção em 2018 e em 2019 –, a movimentação financeira total envolvendo a viabilização desses parques chega a R$ 3,9 bilhões.
No universo dos parques fotovoltaicos em operação, em testes ou em construção, que somam 1.589,7 MW de capacidade instalada (ou 59,9% do total contratado nos três certames públicos), o estudo mostra que 67% desses projetos contam com módulos fabricados fora do país, dado o custo menor em relação aos módulos nacionais – entre 35% e 45% mais caros. “A capacidade de produção nacional limita o fornecimento de módulos para os empreendimentos contratados, um dos principais gargalos atualmente é o prazo de entrega, tanto para fabricação nacional quanto para internacional”, cita um trecho do trabalho.
A parte final do relatório se propõe a projetar, com base em premissas macroeconômicas e de mercado no período 2017-2020, as condições ideais de oportunidade que um projeto hipotético de 90 MW de potência teria no Leilão A-4 deste ano. Considerando cenários diversos de capex, custo de capital e taxa de retorno, além do local de fabricação dos módulos e o tipo de financiamento tomado (privado ou público), o estudo aponta que um projeto do tipo já teria sua viabilidade garantida a uma tarifa em torno de R$ 220 o MWh, podendo permanecer atrativo para o investidor até uma faixa de preço próxima a R$ 190 o MWh.
Veja a íntegra do “Estudo Estratégico Mercado Fotovoltaico de Geração Centralizada 2017”, produzido pela consultoria Greener, clicando aqui.