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O fator de ajuste do MRE de 2017 foi revisado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica para 79,5% no ano. Ao se confirmar esse indicador há um rebaixamento de 7,5 pontos porcentuais quando comparado aos 87% do ano de 2016. Para 2018 a estimativa inicial é de 89,4%, índice cerca de 10 p.p. acima do esperado para este ano, sendo que diferente do verificado neste ano, não deverá ser reportado energia secundária no primeiro trimestre de 2018. Contudo, essas estimativas para o ano que vem ainda dependem da sazonalização de energia que os agentes deverão declarar ainda em dezembro.
No mês de novembro o índice está um pouco acima do reportado nos últimos quatro meses, cujo indicador ficou abaixo de 65%. A projeção é de encerrar o período com 66,2% e em dezembro a projeção é de ficar em 80,7% da garantia física sazonalizada no período. Já para a sazonalização flat, com fins de repactuação do risco hidrológico esses índices estão em 70,5% em novembro e 81,2% em dezembro.
O impacto desse déficit de geração hidráulica é de R$ 40 bilhões ao se considerar o PLD médio de R$ 326/MWh no submercado Sudeste-Centro Oeste. A maior parte desse montante fica com o ACR, ou R$ 27 bilhões. Os R$ 13 bilhões restantes estão no ACL.
A projeção de PLD para 2018 recuou. No maior submercado do país, o Sudeste/Centro-Oeste a média de 2017 ficou em R$ 326,42/MWh e no próximo ano para R$ 142,18/MWh. As projeções por redes neurais da câmara apontam para uma queda de patamar no horizonte de 14 meses à frente já a partir de dezembro. Ainda no primeiro trimestre o PLD deverá ficar próximo a R$ 200/MWh e depois recua para R$ 144/MWh como valor mais elevado em 2018. No sul essa curva é parecida, mas a média é de R$ 140,30/MWh ante R$ 321,50/MWh deste ano.
Já para o submercado mais pressionado, o Nordeste, também é projetada uma queda de patamar. No ano que vem está em R$ 151,58/MWh em comparação aos R$ 338,77/MWh de 2017. No Norte estão os menores valores, sendo R$ 259,87/MWh neste ano e R$ 125,97/MWh.
O gerente de preços da CCEE, Rodrigo Sacchi, disse durante o evento que os indicadores apurados nas projeções da câmara apontam que podemos registrar uma recuperação hídrica nos próximos meses. Mesmo com o submercado Nordeste mantendo-se pressionado. “As perspectivas de redução de preços já começaram a acontecer e a tendência é de que continue se reduzindo podendo à casa de R$ 100/MWh em abril e maio do ano que vem em função dessa recuperação da hidrologia que já está claro que entramos no período úmido”, comentou ele.
A previsão de Energia Natural Afluente nesse mesmo horizonte ainda coloca as vazões abaixo na média de longo termo ao longo dos próximos 14 meses. Apesar disso, essa curva varia na casa de 80% da média histórica no SIN. Segregado por região, as projeções da CCEE apontam que o Sul e o Sudeste/Centro-Oeste estão em patamar próximo e há meses que a ENA ultrapassa a MLT nesse período. No Norte a expectativa é de ficar abaixo da média, mas em patamar entre 65% a 85% da média histórica. As estimativas para o Nordeste é que continuam bem abaixo da média, variam entre 22% e o máximo de 34% da MLT.
Se a curva apresentada pela CCEE nesta segunda-feira, 27 de novembro, durante o evento mensal InfoPLD se confirmar, o nível de energia armazenada em 2018 deverá ficar acima do verificado em 2017. O volume mais baixo desse período deverá ficar com janeiro em 24% elevando-se a até 56% em maio e junho. O deplecionamento projetado vai até 35% em novembro e já em janeiro de 2019 é estimado um volume de armazenamento de 44% da capacidade máxima dos reservatórios no Brasil.
Os encargos estimados para o mês de dezembro estão em R$ 48,25 milhões, todo esse valor estão sob a chancela de restrição operativa e nenhum por segurança energética.