A Enel Green Power colocou em operação total nesta terça-feira, 28 de novembro, o parque solar Nova Olinda, de 292 MWp, localizado em Ribeira do Piauí (PI). O parque é o maior da América do Sul. Com investimento de US$ 300 milhões, Nova Olinda coloca a EGP como o maior player solar do país, com 716 MW da fonte em operação. Ela já opera a usina solar de Fontes, em Pernambuco, Lapa, na Bahia e em breve coloca em operação a UFV Horizonte, também na Bahia.
Na inaguração, o CEO Global da EGP, Antonio Cammisecra, ressaltou o tempo de 15 meses para a construção da obra, considerado recorde. O fato da usina ser a maior da América do Sul também foi elogiado pelo executivo. De acordo com o Country Manager da Enel no Brasil, Carlo Zorzoli, a grave crise hídrica que o país enfrenta mostra a necessidade de com a inserção de renováveis, que de certa forma também vão garantir o abastecimento. “Projetos como esse não só geram energia limpa, mas dão segurança energética”, avisa.
Com a inauguração de vários parques solares, a energia solar alcança 1GW de potência instalada. A fonte começou a ter projetos no ambiente regulado viabilizados no leilão de 2014 e no ano seguinte, a contratação se repetiu. Há a expectativa que no leilão de dezembro, projetos solares sejam contratados novamente, já que em 2016 não houve contratação.
Usina solar tem 930 mil placas fotovoltaicas
O parque foi financiado com recursos da própria EGP e de um empréstimo de longo prazo concedido pelo Banco do Nordeste. A planta é dotada de 930 mil painéis solares em uma área de 690 hectares atender às necessidades de consumo de cerca de 300 mil residências, evitando a emissão de aproximadamente 350 mil toneladas de CO2 na atmosfera. No pico da obra, o canteiro reunia 1.400 trabalhadores e para a operação, a usina vai ter cerca de 40 funcionários na planta. As placas solares foram fornecidas pela Jinko Solar.
Além de consolidar a posição da EGP no mercado de renováveis brasileiro, a inauguração da usina solar também mostra o apetite e a disposição do Grupo Enel em investir no Brasil. A empresa em 2016 conseguiu arrematar a distribuidora goiana Celg, aumentando a sua presença na área de distribuição, onde já atua com a Enel Distribuição Rio (RJ) e a Enel Distribuição Ceará (CE). Esse ano, ela arrematou a usina hidrelétrica de Volta Grande (MG – 380 MW) que pertencia a Cemig, no leilão de relicitação. A fase de aquisições ainda pode continuar, já que a empresa italiana não descarta o interesse em participar do leilão de privatização das distribuidoras da Eletrobras e em comprar a concessionária Light (RJ), posta à venda pela Cemig. Na fonte eólica, a EGP tem 670 MW e implanta mais 172 MW.
*O repórter viajou a convite da Enel