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Para o CEO Global da Enel Green Power, Antonio Cammisecra, uma produção nacional de placas fotovoltaicas é um movimento equivocado. De acordo com ele, a competitividade e eficiência dos equipamentos chineses é muito forte e nacionalizar outras partes da cadeia industrial solar pode agregar mais ao setor. “Ter a produção nacional de placas, acho isso um erro. A China ganhou essa guerra. A parte de transformadores ou inversores tem muito mais valor”, explica Camisecra, que participou da inauguração do parque solar Nova Olinda (PI – 292 MW), na última terça-feira, 28 de novembro.
Na usina solar, as placas foram fornecidas pela chinesas Jinko Solar e os inversores são de um fornecedor italiano. Já as partes não específicas do projeto, como cabos, parte elétrica e mão de obra, são nacionais. O executivo da EGP cita um estudo europeu que apontou que as melhores oportunidades de trabalho na indústria fotovoltaica estão atividades de longo prazo, em áreas como a engenharia, a operação e os estudos de potencial dos empreendimentos. “Muitos trabalhos de alto nível no longo prazo”, reforça.
Cammisecra lembra ainda que antigamente o valor das placas representava de 90% a 95% do investimento em um projeto solar e hoje esse fica em torno de 30%. Segundo ele, isso mostra a rápida queda dos preços das placas e que ela não é o custo mais representativo do empreendimento, hoje ocupado por itens como sistemas de segurança, cabos, inversores e a contrição da subestação.
A usina solar de Nova Olinda utilizou nesse projeto uma nova tecnologia nos seguidores, em que ele atuam de modo wi-fi, não precisando se conectar com os sistema central por meio de cabos que ficariam conectados em todos as linhas dos módulos.
*O repórter viajou a convite da Enel Green Power