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Duas das principais consultorias do setor elétrico estão reticentes com o comportamento variável do Preço de Liquidação das Diferenças, que, após um longo período no limite regulatório, têm apresentado patamares reduzidos nas últimas semanas. Atualmente na média de R$ 220,16/MWh com a possibilidade de um aumento do nível das chuvas nos próximos dias, o PLD pode estar refletindo uma expectativa de pluviosidade que não deve ser suficiente para recuperar os níveis dos reservatórios das hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional, na visão da Thymos Energia.

A consultoria mapeou as variações da Energia Armazenada no SIN e identificou um acréscimo médio no volume dos reservatórios do país de apenas 0,6% entre 21 e 30 de novembro – semana anterior à queda do preço de referência do setor –, sendo de 0,8% no Sudeste e de 0,6% no Nordeste. No mesmo período, as regiões Sul e Norte sofreram um decréscimo no EAR de -0,3% e -1,6%, respectivamente, o que, segundo a Thymos, resultou em uma melhora “praticamente insignificante nos níveis do SIN”.

Na avaliação do presidente da consultoria, João Carlos Mello, a manutenção do preço da energia elétrica em patamar baixo em um momento crítico como o de agora revela uma inconsistência. “O maior problema é a redução drástica do despacho térmico devido a uma redução do CMO, que não reflete a realidade da situação operacional do armazenamento mais baixo. Com isso, não se economiza volume de água nos reservatórios e perpetua ainda mais o problema. Em abril de 2018, final do período de chuvas, os níveis de armazenamento podem estar com valores pouco seguros”, diz Mello.

Na mesma linha da análise da Thymos, a consultoria Capitale Energia enxerga com “cautela” a atual faixa do PLD, assim como o valor de aproximadamente R$ 190/MWh nas negociações de contratos no mercado convencional para o ano de 2018. Para a empresa, a capacidade total de 19% de reservamento médio no país verificado no último mês de novembro representa um cenário “bastante crítico” se comparado ao valor de 23% visto no mesmo período em 2001 – ano do último racionamento de eletricidade em nível nacional – e em 2014, quando houve outra grave crise hídrica.

Segundo Rafael Mathias, sócio da Capitale Energia, será necessária a ocorrência de afluências próximas à média nas bacias do Sudeste, de dezembro a março, para garantir níveis confortáveis dos reservatórios ao final do período chuvoso. Para o executivo, ainda que as expectativas tenham melhorado para o ano de 2018, não há qualquer garantia de que o preço de energia se mantenha abaixo de R$ 200/MWh. “Qualquer melhora no cenário econômico, atrelada a uma mudança climática, que derrube o volume de chuvas, pressionará novamente para cima o preço”, avalia Mathias.