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A estatal russa Rosatom quer continuar apostando no mercado nuclear brasileiro e da América Latina. A empresa, que pretende ser parceira da Eletronuclear em Angra 3, já atua no Brasil através da importação de isótopos e ganhou uma licitação de fornecimento de urânio, desenvolve um centro de pesquisa na área nuclear na Bolívia com investimentos de US$ 300 milhões do governo local. Considerando 2017 um ano de sucesso para a Rosatom, Ivan Dybov, presidente da empresa no país e na América Latina, considera a região específica para a empresa. “Nossa presença na região está trazendo resultados”, afirmou o executivo em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira, 6 de dezembro. A Rosatom também assinou acordo de uso pacífico de energia nuclear com o Paraguai.

No fim de novembro, a Rosatom assinou um memorando de entendimento com a Eletrobras para uso pacífico da energia nuclear, incluindo a construção de novas usinas nucleares e suporte durante o ciclo de vida, incluindo operação, manutenção e desativação. Também estão incluídos a gestão de combustível nuclear e o prolongamento da vida de usinas. Nesta última, segundo Dybov, há um grande interesse do Brasil. “Estamos prontos para compartilhar essa experiência”, avisa. A entrada da Rosatom no Brasil dependeria de uma alteração na legislação que permitisse a entrada de parceiros no projeto. O memorando não estabelece prazos.

Dybov também elogiou até aqui o trabalho feito pela Eletronuclear em Angra 3. Ele conta que especialistas da Rosatom visitaram o canteiro e ficaram impressionados com o alto nível de conservação dos equipamentos que estão lá. “Disseram que nunca vira nada parecido no mundo. O projeto está pronto para ser realizado, mas é preciso ter um modelo de negócio”, observa.

A empresa quer atuar na geração de energia na América Latina, mas depende de acordos com clientes. Há negociações em andamento na Argentina e no México, que planejam construir usinas nucleares. Apesar de considerar o Brasil como o país em que a empresa está mais próxima de atuar na geração de energia, ele não descarta que o México, que vem trabalhando de forma ativa na estruturação de uma expansão nuclear, possa chegar à frente. “Ele [O México] já tem prazos definidos pelo governo”, aponta. Os obstáculos para a entrada de empresas estrangeiras nucleares não são exclusivos do Brasil. Segundo Dybov, na maioria dos países, o tema é de propriedade estatal. Na Turquia, a Rosatom foi convidada a construir a primeira usina nuclear do país, mas esse caso, ela será propriedade da estatal russa.