A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara aprovou Projeto de Lei 6837/13 que obriga a instalação de pontos de distribuição de energia elétrica e medidores individuais em todos os domicílios rurais, mesmo aqueles que estejam situados em uma só propriedade. Pela proposta do deputado Padre João (PT- MG), cada domicílio rural será considerado uma unidade consumidora autônoma de energia, texto que altera a Lei 10.438, de 2012.
O relator, deputado Luiz Couto (PT-PB), foi favorável ao texto e explicou que apenas se quer conceder benefícios sociais a moradores de propriedades rurais que por lei não podem ter suas contas reduzidas apesar de terem todas as características de consumidores de baixa renda.
Para Padre João, atualmente a Aneel determina que cada propriedade rural conte apenas como uma unidade consumidora residencial, que receberá energia elétrica por meio de apenas um ponto. Segundo o deputado, esse entendimento causa grandes transtornos, pois é comum que em uma mesma propriedade haja diversas moradias, habitadas por diferentes famílias. “Torna-se necessário fazer extensões a partir do único ponto de entrega instalado pela distribuidora, o que pode prejudicar a qualidade da energia, devido a problemas como queda de tensão ou desligamento simultâneo de todos os domicílios situados na propriedade rural”, afirmou.
O parlamentar também destaca que, com a medição concentrada, o consumo de várias famílias é registrado como procedente de apenas uma unidade consumidora, o que altera o enquadramento para o recebimento dos descontos correspondentes à tarifa social de energia elétrica.
O texto foi modificado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural para que os custos da individualização das contas sejam pagos pela Conta de Desenvolvimento Energético. Além disso, para o caso de comprovada impossibilidade técnica de individualização, a emenda concede desconto de tarifa, acumulável com outros previstos na legislação, limitando o total dos benefícios a 65% do desconto da tarifa social de energia.
Como o projeto foi rejeitado pela Comissão de Minas e Energia e aprovado pela Comissão de Agricultura, a decisão final será do Plenário.
As informações acima são da Agência Câmara