A agência de classificação de risco Fitch afirmou na última sexta-feira, 8 de dezembro, o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA(bra)’ da primeira emissão de debêntures da Ventos de São Tito Holding (Ventos do Araripe I), no montante de R$ 111 milhões, com vencimento em 2028. A perspectiva do rating é estável. O projeto foi desenvolvido pela Casa dos Ventos Energias Renováveis e adquirido pela Cubico Brasil, em março de 2016.

Segundo a agência, o rating reflete o status operacional do projeto, as satisfatórias medições de vento, o volume de energia vendido com probabilidade de ser excedido em 90% (P-90 médio) e as características dos contratos de venda de energia ( LER/2013), cuja estrutura se baseia em mecanismos anuais e quadrienais de compensação e sem exposição aos Preços de Liquidação de Diferenças (PLD).

O projeto beneficia-se de certificação de vento adequada, baseada em correlação de longo prazo confiável e em número de torres de medição acima da média, com o resultado acumulado até setembro de 2017 indicando geração equivalente a 103% do P-50. O índice de cobertura do serviço da dívida médio, de 1,25 vez, no cenário de rating da Fitch e breakeven de produção de 85% são consistentes com a categoria ‘AA(bra)’.

O projeto assinou contratos de operação e manutenção (O&M) com a Gamesa Brasil a preços fixos, mas crescentes, pelo prazo de cinco anos. Os cenários de rating da Fitch incorporam o potencial de substituição da Gamesa na execução do O&M, em caso de inadimplência ou não renovação do contrato com a empresa.

Ventos do Araripe I foi concluído em setembro de 2015, e, portanto, antes do previsto. O início de sua operação comercial ocorreu em dezembro do mesmo ano. O projeto se conecta ao Sistema Interligado Nacional (SIN), por meio da subestação Curral Novo, cuja operação comercial teve início em agosto de 2015.

Os parques eólicos estão localizados no Piauí e totalizam 210,0 MW de capacidade instalada. Os parques venderam sua energia no LER realizado em agosto de 2013, por R$ 109,99/MWh (valores de agosto de 2013), mediante Contratos de Energia de Reserva (CERs) de 20 anos.