O Brasil acaba de atingir a marca histórica de 200 MW de potência instalada acumulada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída. A energia solar fotovoltaica representa 75,5% do total, ou 152 MW. Além da solar, há centrais hidrelétricas (15,1 MW), usinas térmicas (23,3 MW) e eólicas (10,2 MW) operando em GD. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui atualmente 18.501 sistemas na modalidade de geração distribuída.
Mapeamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) destaca que a fonte solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica, lidera com folga as instalações do país. Elas totalizam 18.356 unidades, somando mais de R$ 1,3 bilhão em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões do país.
Atualmente, os consumidores residenciais são os principais usuários da energia solar fotovoltaica, representando 42% da potência instalada no país, seguidos por empresas dos setores de comércio e serviços (39%), indústrias (9%), sistemas localizados na zona rural (5%), edificações e serviços do poder público (5%), como escolas, hospitais, tribunais e iluminação pública.
O presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, ressalta que o crescimento da microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica é impulsionado por três fatores principais: a redução de mais de 75% no preço da energia solar fotovoltaica nos últimos 10 anos, o aumento de mais de 50% nas tarifas de energia elétrica nos últimos dois anos e um aumento no protagonismo e na consciência e responsabilidade socioambiental dos consumidores, cada vez mais interessados em economizar dinheiro ajudando simultaneamente a preservação do meio ambiente.
“Celebramos com otimismo este passo histórico para a fonte solar fotovoltaica no Brasil, com a certeza de que teremos um forte crescimento do setor nos próximos anos e décadas. O Brasil possui mais de 81 milhões de unidades consumidoras e um interesse cada vez maior da população, das empresas e também de gestores públicos em aproveitar seus telhados, fachadas e estacionamentos para gerar energia renovável localmente, economizando dinheiro e contribuindo na prática para a construção de um país mais sustentável e com mais empregos renováveis locais e de qualidade”, comenta Sauaia.