A Agência Nacional de Energia Elétrica determinou ao Operador Nacional do Sistema Elétrico o expurgo de 327 horas e 19 minutos de indisponibilidade das unidades geradoras da hidrelétrica de Jirau, resultantes do rompimento do Log Boom em 2016. O ONS já havia descontado 4.553 horas e 15 minutos de um total de 4.947 horas e 47 minutos em que a operação da usina ficou suspensa após o acidente.
O rompimento da barreira flutuante conhecida como Log Boom ocorreu em consequência da redução do nível do reservatório da usina, determinado pela Agência Nacional de Águas para evitar alagamento em território boliviano. Segundo a Energia Sustentável do Brasil, responsável pelo empreendimento, o esvaziamento do reservatório foi feito no momento em que o aumento das vazões do rio Madeira levou a uma maior incidência de troncos e sedimentos. Isso afetou o funcionamento do vertedouro de troncos, que se rompeu. O material flutuante atingiu a tomada d’água das unidades geradoras, provocando desligamentos de máquinas e restrições de geração.
A possibilidade de rompimento já havia sido alertada pela empresa ao ONS, o que foi considerado pela Aneel ao aceitar o pedido de expurgo feito pela ESBR. O tratamento é o mesmo dado pela agência à Santo Antônio Energia, que enfrentou problema semelhante na UHE Santo Antônio.