A Associação Brasileira de Energia Eólica contabilizou no início de dezembro a marca de 500 parques eólicos instalados no País. No total, já são 12,64 GW de capacidade instalada, distribuídos em 503 usinas com cerca de 6.500 aerogeradores instalados no Brasil. De acordo com Élbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica, até 2020, o Brasil terá pelo menos 17 GW instalados, considerando apenas os contratos que já foram firmados em leilões já realizados e também no mercado livre.
Segundo ela, na próxima semana serão realizados leilões A-4 e A-6 e a expectativa é de aumentar mais este valor projetado, já que as eólicas têm se mostrado a fonte mais competitiva em leilões recentes. O ano de 2016 foi muito difícil para a fonte eólica porque não houve leilão e nenhuma nova contratação. Ela explica que é preciso reverter a situação agora nos dois leilões de dezembro, que serão fundamentais para o futuro da fonte no Brasil e ainda no leilão A-4, que está previsto para realização em abril de 2018.
Em setembro, a fonte eólica atingiu a marca de 12 GW e os números ano a ano estão mostrando um setor que cresce vigorosamente com base, principalmente, nos leilões realizados no passado. No mês passado, por exemplo, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica divulgou dados consolidados do seu boletim InfoMercado mensal que mostram que a produção de energia eólica em operação comercial no Sistema Interligado Nacional, entre janeiro e setembro de 2018 foi 28% superior à geração no mesmo período do ano passado. Outro dado da CCEE que chama atenção é o atendimento da carga nacional. No mês de setembro, a geração de energia eólica foi responsável por 11% de energia da matriz elétrica brasileira, com 7,02 GW med. Este valor configurou um novo recorde de representatividade. Em agosto, as eólicas haviam atingido pela primeira vez os dois dígitos de representação na matriz, com 10%.
Outra informação relevante é que o Brasil subiu mais uma posição e assumiu o sétimo lugar entre os países com maior geração de energia eólica no mundo, ultrapassando o Canadá, que caiu para a oitava posição. Os dados são do “Boletim de Energia Eólica Brasil e Mundo – Base 2016” produzido pelo Ministério e Minas e Energia (MME) e divulgados no final de outubro.