A agência de classificação de risco Fitch Ratings, afirmou os Ratings Nacionais de Longo Prazo em ‘AA-(bra)’ (AA menos (bra)) da primeira emissão de debêntures da Eólica Serra das Vacas. A Agência também revisou a perspectiva do rating de estável para positiva, com o rating da 1ª série no montante de R$ 23,0 milhões e vencimento em junho de 2028. A 2ª série da primeira emissão é no valor de R$ 45 milhões, com vencimento em junho de 2030.
A revisão da perspectiva do rating de estável para positiva reflete a geração consolidada de energia do projeto em linha com o cenário-base da Fitch, que considera um desconto de 7,5% sobre a certificação P-50, nos últimos dois anos. Os ratings refletem as características do Leilão de Energia Nova (LEN), em que os déficits de energia são liquidados ao Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), tendo como contraparte uma base diversificada de 28 distribuidoras. O projeto beneficia-se de adequado estudo de ventos, baseado em medição anemométrica de 15 torres e correlação de longo prazo confiável.
Os cenários da Fitch incorporam um corte de 2,2% sobre o P-90, para refletir perdas da rede básica, além de um corte adicional de 7,5% sobre a geração do P-90 médio de dez anos, a fim de contemplar incertezas adicionais não presentes nas certificações independentes, pela relação entre P-50 e P-90 de um ano ser acima de 16,0%, o que leva a Fitch a considerar este fundamento de rating ‘Fraco’, de acordo com a metodologia de projetos renováveis da agência. A geração acumulada nos últimos dois anos, no entanto, mostra uma geração de energia líquida 9,0% abaixo da certificação P-50, e 9,0% acima da certificação P-90 média de dez anos.
No cenário de rating atualizado da Agência, que considera a geração realizada nos últimos dois anos, o projeto apresenta um perfil melhor de DSCRs ao longo dos primeiros anos (DSCR médio entre 2017 e 2020 de 1,27 vez, contra 1,17 vez no momento da atribuição do rating). O DSCR mínimo no cenário de rating (1,04 vez) ocorre em 2028, ano de compensação do terceiro quadriênio dos PPAs. No entanto, neste mesmo cenário, que incorpora o corte de 7,5% sobre o P-90 médio de dez anos, o mecanismo de retenção de caixa mitiga esta exposição, e o caixa total disponível em 2028 é equivalente a quase três anos do serviço da dívida da companhia.