Começou com atraso, às 12h17, desta sexta-feira, 15 de dezembro, na bolsa de valores de São Paulo (B3), o segundo leilão de linhas de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2017. O certame conta com 47 concorrentes inscritos entre empresas e consórcios.
A expectativa é que os projetos movimentem R$ 8,7 bilhões em novos investimentos no país em infraestrutura de transmissão de energia elétrica, com geração de 17.868 empregos diretos. Serão licitados 11 lotes, com empreendimentos localizados nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins.
O leilão é destinado a contratar 4.919 km de linhas de transmissão e 10.416 MVA em capacidade de subestações. O certame está incluído entre os empreendimentos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Os prazos para entrada em operação comercial variam entre 36 e 60 meses.
A expectativa do mercado é que o leilão seja um sucesso, com grande competição entre os agentes nacionais e estrangeiros, apesar do custo médio ponderado de capital (WACC) ser de 9,5%, abaixo da taxa de 10,6% oferecido na disputa de abril.
“Desde que a Aneel revisou as taxas de retorno e os prazos de implantação em 2016, o leilão de transmissão reverteu a tendência ruim de lotes vazios. Para esse leilão, as perspectivas são muito boas para viabilizar todos os lotes, com a presença de empreendedores tradicionais e de novos investidores. Esperamos investidores da Índia, da China e a volta do pessoal da Europa, que estão com perspectivas novas em relação ao Brasil”, disse João Carlos Mello, presidente da Thymos Consultoria.
No certame realizado em 24 de abril, foram contratados 31 dos 35 lotes ofertados, com deságio médio de 36,47% e redução aproximada de R$ 960 milhões por ano na Receita Anual Permitida. Os projetos preveem a instalação de 7.068 km de linhas demais instalações, com investimento estimado em R$ 12,7 bilhões.
O primeiro leilão de transmissão de 2018 também já está agendado e vai acontecer até junho, quando serão ofertados projetos com investimento previsto em R$ 11 bilhões. Outro certame está previsto para o segundo semestre, mas ainda não tem data definida.