O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Eduardo Azevedo, disse que está decepcionado com a demanda para os dois próximos leilões de geração, programados para 18 e 20 de dezembro. Ele contou que o nível de contratação será bem menor do que o esperado pelo governo, mas que um eventual cancelamento teria um impacto ainda pior no mercado.

“Há uns quatro meses atrás, fizemos uma solicitação de intenção com as concessionárias de distribuição. Nessa manifestação o número era bem maior, da ordem de duas vezes. A gente de certa forma ficou um pouco decepcionado, mas essa é a realidade”, disse o representante do governo, em entrevista a jornalistas nesta sexta-feira, 15 de dezembro, em São Paulo. Azevedo falou após o leilão de transmissão, realizado na bolsa de valores de São Paulo (B3).

Azevedo disse que o ministério está buscando entender os motivos que levaram a essa demanda menor por parte das distribuidoras. “Em parte achamos que é pelo conservadorismo das concessionárias, outra parte pode ter haver com alguma indefinição sobre as mudanças regulatórias do modelo. A verdade é que os números serão pequenos.”

Ele espera que no A-4 previsto para abril de 2018 aconteça uma contratação que supra as necessidades dos investidores do setor de geração. “Nesse período, dá tempo de passar a Medida Provisória do GSF, o PL da mudança do setor. Isso pode mudar a perspectiva e reduz o risco”, disse Azevedo.