Dados preliminares de medição coletados pela CCEE entre os dias 1º e 12 de dezembro apontam aumento de 1,1% no consumo e de 1,9% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico da Câmara, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Nos doze primeiros dias de dezembro, o consumo de energia no SIN alcançou 62.205 MW médios, aumento de 1,1% frente ao consumo no ano passado. No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo) houve retração de 2,5% no consumo, número que leva em conta na análise a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Quando esse movimento é desconsiderado, o ACR teria incremento de 0,6%.
Já o consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL cresceu 11%, montante que considera o efeito das novas cargas vindas do ACR. O consumo seria 3% maior, caso as novas cargas não fossem utilizadas na análise.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de metalurgia e produtos de metais, veículos e têxtil, registraram aumento no consumo, excluindo o impacto da migração na análise, com 10,5%, 6,4% e 4,5%, respectivamente.
No mesmo cenário sem migração, os maiores índices de retração pertencem aos segmentos de bebidas, com 5,6%, minerais não-metálicos, 5,2% e telecomunicações, com 3,5%.
A geração de energia no Sistema foi 1,9% superior à produção de 2016 com a entrega de 65.088 MW médios. Há aumento na produção de usinas térmicas e eólicas, com 17,8% e 24,7% respectivamente. A produção da fonte hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, registrou queda de 3,4% no período analisado.
O Boletim também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em dezembro, o equivalente a 80,7% de suas garantias físicas, ou 45.117 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 81,2%.