A Eletrobras via investir R$ 19,75 bilhões até 2022. A estatal divulgou nesta segunda-feira, 18 de dezembro, o novo Plano Diretor de Negócios e Gestão para o período de 2018 a 2022. O PDNG prevê que dentro dos investimentos corporativos, a geração vá receber R$ 5,14 bilhões em investimentos, enquanto a transmissão vai ficar com R$ 7,29 bilhões. O investimento no item infraestrutura e outros vai ser de R$ 1,53 bilhões no período e na distribuição, que estão em processo de desestatização, fica em R$ 260,8 milhões. Nas Sociedades de Propósito Específico, o investimento até 2022 ficará em R$ 5,51 bilhões, sendo que nas de geração, fica em R$ 4,83 bilhões e nas SPEs de transmissão em R$ 680,3 milhões. O plano anterior, O PDNG 2017-2021, previa investimentos de R$ 35,8 bilhões e o PDNG 2015-2019, de R$ 50,3 bilhões, o que mostra o recuo de investimentos da empresa nos últimos anos, com o fim da construção dos grandes projetos que ela participava.
O plano coloca também que assim que o Centro de Serviços Compartilhados for implantado, terá início um Plano de Incentivo ao Desligamento, que será destinado aos empregados envolvidos nas atividades administrativas que migraram para o CSC, com isso a previsão é de ter uma redução de R$ 890,4 milhões por ano já em 2018 ou 3.017 empregados. O custo para o desligamento deverá ficar em torno de R$ 965 milhões.
A privatização da empresa é tratada como uma iniciativa que trará como benefícios o aumento da receita das empresas do grupo – que viria em decorrência da possível descotização de usinas -, da chance de novos investimentos devido ao aumento da receita e a entrada de capital com novo sócio e o aumento nos investimentos para a recuperação do rio São Francisco.
O PDNG 2018-2022 também sinaliza para a incorporação da CGTEE pela Eletrosul e na desverticalização da distribuição de geração e transmissão da Amazonas Energia em Amazonas GT, além de buscar alternativas societárias para garantir a viabilidade. Com isso, a Eletrobras busca mais sinergia operacional e econômica entre as empresas.
Na geração, a estatal também espera obter um aumento na Receita Anual da Geração, representando melhoria de R$ 1,36 bilhão por ano. Ela também quer melhorar a gestão das infrações lavradas pela Agência Nacional de Energia Elétrica contra as empresas Eletrobras, englobando todo o processo desde a fiscalização até a lavratura do auto de Infração. Na transmissão, ela também quer melhorar a gestão das infrações e acompanhar as possíveis mudanças na metodologia que tratará do aprimoramento do Banco de Preços de Referência da transmissão.